Após presidente do PT municipal criticar obra no Centro da cidade, candidata não quis comentar ações
A candidata do PT à Prefeitura de Ribeirão Pires, Maria Inês Soares, começou a campanha entusiasmada em relação ao desempenho nas eleições. "Estou com muito gás e muito ânimo. As nossas campanhas sempre foram feitas com muita alegria por saber que a gente leva a melhor mensagem e a melhor proposta." Mas a petista não quis comentar as ações de melhoria que serão apresentadas à população durante os 90 dias de campanha.
No primeiro discurso eleitoral, o presidente do PT na cidade, Antonio Carlos Pereira de Souza, o Carlão, citou a construção de uma obra, erguida em paralelo à linha férrea e que abrigaria quiosques comerciais, como um insucesso da gestão atual do prefeito Clóvis Volpi (PV). Isso porque ainda não há comerciantes no local. "Começaram a construir o conjunto de lojas há três anos, mas foi embargado. Ribeirão Pires precisa de um rumo. Realmente não dá para a gente ter essa vergonha. Gastaram R$ 3,5 milhões (na obra) e está lá parada, jogada às traças", falou Carlão.
Questionada sobre as ações que poderiam, então, contribuir para a revitalização do Centro do município, a candidata se esquivou. "A gente pode conversar em outro horário? Não vamos deixar a militância esperando."
Durante caminhada na região central de Ribeirão, na manhã de ontem, comerciantes e população foram solidários aos cumprimentos de Maria Inês. Entretanto, a petista ainda vai precisar convencer os moradores que não carregam boas lembranças de suas gestões (1997 a 2000 e 2001 a 2004). Até porque o índice de rejeição da candidata continua elevado. "Para nós, no Jardim Caçula, ela não fez nada. Nem o bairro ela conhece. Nunca passou uma máquina na nossa rua, que sempre ficou toda esburacada", comentou o aposentado Pedro Alves Mesquita, 71 anos, ao lado da mulher a dona de casa, Terezinha, 63 - eles moram há 55 anos na cidade e foram cumprimentados pela petista.
Pesquisa do Ibope, divulgada no início de junho pelo Diário, mostra que Maria Inês é a mais rejeitada entre os candidatos. Foram 33% dos entrevistados que disseram que jamais votariam nela, enquanto Dedé (PPS) foi lembrado por 21% e Saulo Benevides (PMDB), 16%.
A candidata petista comparou o atual momento econômico brasileiro com o período em que ficou à frente de Ribeirão. "E agora é a hora de ir para as ruas, apresentar nossa proposta e pedir o voto do eleitor com qualidade em cima de uma credibilidade alcançada em um trabalho de oito anos, num momento muito mais difícil desse País e da nossa cidade."
SEM MOVIMENTO
Demais postulantes ao cargo executivo de Ribeirão, Benevides e Alberto Ticianelli (Psol) não tiveram atividades oficiais ontem.
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