Política Titulo Às vésperas da campanha
Atila e Donisete protagonizam troca de acusações

Adversários na corrida pelo Paço de Mauá, ex-aliados citam agressão à mulher e extorsão

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
23/07/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Antes mesmo de começar oficialmente a eleição municipal, o tom da pré-campanha pela sucessão municipal em Mauá já subiu e o nível da discussão, caiu. Adversários na corrida pelo Paço em outubro, o deputado estadual Atila Jacomussi (PSB) e o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), protagonizaram ontem troca de acusações.

De um lado, o socialista é apontado por ter supostamente agredido uma mulher. O parlamentar, por sua vez, nega as acusações e diz que o petista é responsável por armação política para prejudicá-lo na corrida pela Prefeitura. A queda de braço foi registrada através de imagens espalhadas pelas redes sociais, entre elas a de um BO (Boletim de Ocorrência) por lesão corporal contra Katherine Konstandinos Kalfoglou, 26 anos.

A equipe de reportagem do Diário recebeu dois e-mails ontem à noite, ambos sem assinatura dos destinatários, nos quais havia relatos de duas versões completamente distintas sobre o caso. Enquanto um reproduzia a denúncia contra Atila, o outro acusava Donisete de pagar Katherine para “difamar” o deputado. Essa última mensagem era acompanhada de gravações de voz que supostamente pertenciam à moça, que estaria negociando para acusar Atila. Montagem com o rosto da moradora com marcas de agressão ao lado da foto do parlamentar foram espalhadas pela internet. Também houve divulgação da mesma foto, só que aparentemente sem lesões.

“Essa mulher me procurou dizendo que tinha aberto um boletim de ocorrência a pedido do Donisete e que tinha se arrependido. Estou sendo vítima de armação (do prefeito)”, argumentou Atila, que também lavrou BO contra Katherine. Já o chefe do Executivo refutou as acusações de que teria pago para que Katherine denunciasse o parlamentar. “Ele (Atila) está sendo irresponsável e leviano. Se a mulher é agredida, tem de procurar a Lei Maria da Penha, não tenho nada a ver com essa história”, contra-atacou o petista, que admitiu ter sido procurado pela moça. “Ela me ligou e disse que tinha sido espancada e que estava em cárcere privado. Eu só a orientei para registrar o boletim de ocorrência”, explicou Donisete.

A equipe do Diário procurou Katherine. Ao ser questionada sobre o assunto, pediu que a reportagem ligasse minutos depois. Ela não atendeu mais as ligações.  




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