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Autor do gol do título, Dudu celebra e ganha elogios do chefe
Dérek Bittencourt
08/05/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC:


Quando vê uma câmera apontada para o rosto ou um microfone próximo da boca, o volante Dudu Vieira não fica muito à vontade. Sorte dele, da torcida e do elenco do Santo André que ele é jogador e, com a bola no pé, dá conta do recado. Revelado na base do clube, o atleta de 22 anos foi responsável pelo gol do título ramalhino da Série A-2, conquistado ontem à noite, em Mirassol. Aos 45 minutos do primeiro tempo, o volante estava no lugar e momento certo para empurrar ao gol o cruzamento rasteiro de Diogo Orlando.

Após o jogo, o camisa 5 era um dos mais cansados. Também pudera – voluntarioso, correu os 96 minutos (com os acréscimos) de jogo. Mas com o título consumado, o volante só pensava em festejar. Depois, dirigiu-se à torcida e deu seus meiões a um andreense à beira da grade. Em seguida, o inevitável: conceder entrevista falando sobre o gol no Estádio José Maria de Campos Maia.

“Só tenho que agradecer a Deus por essa oportunidade que tive de fazer o gol do título, mas mérito a todos os companheiros que vêm batalhando no dia a dia. Todos foram sujeitos homens, que batalharam até o fim. A gente sabia que o time era bom e daria frutos. E deu tudo certo”, declarou Dudu Vieira, que revelou insistentes pedidos do técnico Toninho Cecílio para que ingressasse na área adversária como mais uma opção ofensiva para o Ramalhão. “Fui iluminado. O professor vinha me cobrando no jogo que eu tinha de pisar (na área). Graças a Deus deu tudo certo e pude fazer o gol”, celebrou o volante, que dedicou o gol à família. “Vai para minha mãe Jucilene, minha tia Liane, minha irmã Gabriela e meu irmão Lukas”, concluiu.

Reconhecimento

Toninho Cecílio exaltou o gol do título ramalhino ter sido feito pelo “disciplinado” e “profissional” Dudu, a quem ele chamou de “promessa que virou realidade”. “Ele tem muita leveza e força física. Quando o volante se projeta, geralmente vai sem a marcação e aparece de surpresa. Trabalhamos essa situação com ele e com o (Diogo) Orlando e acabou acontecendo”, disse o treinador, que elogiou a personalidade do jovem. “Precisa aprimorar isso ou aquilo, mas é muito disciplinado e profissional. Abraçou a oportunidade. Fez partida como lateral-direito excepcional contra o Barretos. Então foi premiado e fiquei feliz de ele ter feito o gol do título”, destacou.

 

Zé Carlos devolve luvas a torcedor


ANDERSON FATTORI
Enviado a Mirassol
andersonfattori@dgabc.com.br

Promessa feita, promessa cumprida. Durante a semana o goleiro Zé Carlos foi surpreendido pelo torcedor Roberto Mouro, que foi ao treino devolver as luvas que ele havia atirado para a arquibancada no jogo do acesso, em Barretos. Supersticioso, ele achava que o material poderia fazer a diferença ontem, em Mirassol. No meio da festa pelo título da Série A-2, o goleiro lembrou, foi até o alambrado e devolveu a luva ao andreense.

“Joguei com a luva. Ela estava meio rasgada e me atrapalhou um pouco, enrolando toda hora, mas estava predestinado. Um senhor que eu não conhecia, joguei a luva, ele foi me devolver para eu jogar e hoje (ontem) tive a oportunidade de entrar em campo e conseguir esse título para ele que me pediu”, comemorou Zé Carlos.

O goleiro também celebrou a volta por cima, depois de ficar parado no fim de 2015. “Quero agradecer a Deus que me deu a chance de voltar a jogar bola depois de seis meses que fiquei em casa, com desconfiança. Não tinha vontade de nada, só queria dormir, não queria conversar, sair. Não sou evangélico, mas me agarrei a Deus e fui glorificado a estar aqui e conseguir esse acesso e o título. Agradeço ao Santo André pela chance que me proporcionou”, destacou.




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