Setecidades Titulo Pauliceia
Demolição preocupa
vizinhos de academia

Moradores pedem embargo de intervenções
em prédio da Tem Esportes em São Bernardo

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
02/07/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Pouco mais de um mês depois da explosão que matou duas pessoas e feriu outras 19 na academia Tem Esportes, no bairro Pauliceia, em São Bernardo, teve início o trabalho de demolição do prédio. A ação, entretanto, é contestada na Justiça por três moradores do entorno que tiveram seus imóveis abalados com o acidente, mas não necessitaram de interdição. As famílias pedem embargo da obra e contenção nas casas como forma de evitar aumento das rachaduras ou outros transtornos.

De acordo com o representante legal dos moradores que pedem interrupção do processo de demolição do imóvel onde funcionava a academia Tem Esportes, Eduardo Veríssimo Inocente, a expectativa é que oficial de Justiça cumpra mandado de embargo da obra o quanto antes. “Essas pessoas estão aflitas, sofrendo com o barulho e aumento das rachaduras por não ter sido feita contenção e reforço estrutural nas casas”, considera.

Já o advogado do centro esportivo, Roberto Leonessa, destacou desconhecer a ação movida pelas famílias e que o terreno foi liberado pela Defesa Civil para demolição. Ainda não há definição sobre se a unidade será reativada.

A Prefeitura de São Bernardo ressaltou que a liberação da academia e dos imóveis atingidos pela explosão em definitivo depende de reparos e laudo de segurança e estabilidade, de responsabilidade dos proprietários.

O analista de laboratório aposentado Nelson Apolonio, 72 anos, mora na rua lateral à academia e teve a parte dos fundos da residência afetada por rachaduras nas telhas da lavanderia e parede da cozinha com a explosão. Ele ressalta que as trincas aumentaram após início da demolição. “Nossa preocupação é que a parede da casa ceda quando o muro da academia for demolido.”

Uma das quatro residências interditadas após o acidente foi liberada pela Defesa Civil para o retorno dos moradores há oito dias. Depois de pouco mais de um mês hospedada em hotel, a família do metalúrgico Silvino José Batista Silva, 44, retomou sua rotina normal. “A direção da academia realizou a reforma dos quartos, comprou móveis e eletrodomésticos”, comenta.

Outros moradores do entorno destacaram que o único transtorno é o barulho durante o dia, além do pó causado pela demolição.

Por enquanto não há conclusão do laudo feito pelo IC (Instituto de Criminalística) para indiciar os culpados pelo acidente e não há prazo para que o documento seja entregue à polícia. A principal hipótese é que vazamento de gás causou o acidente.




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