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Após seis anos, obra da UBS Vila Paulina começa a sair do papel

Presente no plano de governo de Lauro Michels para 2013, construção de unidade dfica para janeiro de 2020

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
02/11/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 A construção da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Paulina, em Diadema, é uma promessa antiga. Consta no plano de governo do primeiro mandato do prefeito Lauro Michels (PV), que em 2013 assumiu o comando da cidade. Seis anos depois, a administração municipal publicou abertura de concorrência pública para contratar a empresa que vai construir prédio adequado para o atendimento dos moradores da região do Eldorado, hoje realizado em imóvel locado repleto de problemas estruturais.

A obra está estimada em R$ 2,5 milhões, incluindo compra de equipamentos. O recurso é oriundo de emenda parlamentar repassada pelo deputado federal Alexandre Leite (DEM) e atendeu pedido de grupo de vereadores da cidade. O dinheiro já está na conta da administração. O novo prédio deve ser construído, segundo a Prefeitura, na mesma rua do atual equipamento – Afrânio Peixoto. O processo de licitação deve durar até 90 dias, prazo em que o governo também estima que tenham início as intervenções. A conclusão é estimada para o fim de 2020.

Para a população, uma nova UBS deve servir para eliminar os problemas da atual e garantir melhores condições de trabalho para médicos, enfermeiros e funcionários, bem como de atendimento aos pacientes. A conselheira de saúde Maria Gorete dos Santos, 56 anos, não acredita que a obra será realizada no último ano do segundo mandato do atual governo. “Isso foi prometido em 2012. Sei que o dinheiro está na conta, mas é difícil acreditar, porque estamos esperando há tanto tempo”, relatou.

A UBS Vila Paulina coleciona falhas, como infiltrações e vazamentos ocasionados por um problema no telhado, falta de papel higiênico nos banheiros, de copos descartáveis e demora na marcação de consultas com médicos e dentistas. “Só tenho conseguido passar na emergência e tento a consulta para tratamento há quase um ano”, reclamou a estudante de enfermagem Beatriz Ferreira Leme, 31. Além dos problemas com o sistema e da falta de insumos, a população também critica as instalações da unidade. “É muito pequeno. Poucos consultórios, a equipe é muito boa, mas não tem condições adequadas de trabalho”, apontou a dona de casa Tainá Alves Ferreira, 22.

Questionada, a Prefeitura de Diadema informou que mantém o fornecimento regular dos itens de consumo citados, mas podem ocorrer faltas pontuais entre o fim do estoque da UBS e a chegada de novos lotes. Em relação às consultas com dentistas, a administração alegou que o agendamento leva em consideração três pontos: vulnerabilidade social, necessidade de tratamento (identificada pelo dentista) e necessidade percebida (quando o paciente expressa vontade de realizar o tratamento).

“Após reunião de equipe para indicação dos casos para tratamento odontológico, as famílias são convocadas por meio do agente comunitário de saúde. Caso haja necessidade de tratamento endodôntico, periodontal, reabilitação por prótese ou cirurgia, após o tratamento na unidade o paciente é encaminhado para o Centro de Especialidades Odontológicas. Caso o morador tenha alguma queixa ou incômodo, as UBSs realizam o atendimento de urgência”, completou o comunicado municipal. Ainda de acordo com a Prefeitura, além das famílias, a UBS prioriza o acesso odontológico para crianças e adolescentes até 18 anos de idade, incluindo dependentes, gestantes e idosos.




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