Palavra do Leitor Titulo
Terra do samba, futebol e extermínio

A terra do samba, da alegria e do futebol é também palco...

Por Dgabc
28/11/2012 | 00:00
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Artigo

A terra do samba, da alegria e do futebol é também palco de massacres e de violência. Brasil é o 20º país mais assassino do mundo (com taxa de 27,3 homicídios para cada 100 mil habitantes), tombando uma pessoa a cada nove minutos (veja como esta estatística foi calculada em nosso delitômetro), o equivalente a 4.485 mortes por mês, 147 mortes por dia e seis mortes por hora.

Nossos índices de violência destoam completamente dos demais países que ostentam as dez primeiras posições do PIB (Produto Interno Bruto) mundial. Valendo-se dos mesmos critérios utilizados para aferir as estatísticas no Brasil, o IAB (Instituto Avante Brasil) calculou também o número de homicídios que ocorrem por mês, dia, hora e minuto nos dez países mais ricos do mundo e o resultado é estarrecedor.

Nossa zona de extermínio é incomparável. Nem mesmo os Estados Unidos e a China, os que mais matam depois do Brasil, assemelham-se à realidade homicida brasileira, cujo massacre é quatro vezes mais intenso. Se comparado com o número de mortes por minuto da Itália, a conclusão é ainda mais chocante (um óbito a cada nove minutos, contra 890 minutos na Itália).

Vejamos: para marcar a brutal diferença entre o Brasil e os demais países usamos a projeção (de mortes) de 2012. Mas mesmo utilizando os números internos de 2010 (Datasus), 52.260 assassinados, o quadro não se altera e o destaque negativo continua sendo para a terra do samba e do futebol. Aliás, a soma de todas as mortes dos demais países não alcança a do Brasil, sozinho.

A sexta economia mundial, sede da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, polo de desenvolvimento e de oportunidades, continua ostentando também o nada honroso título de País extremamente violento, que confia cegamente na prevenção do crime por meio do castigo, fundado na lógica da guerra e do inimigo, sem ter desenvolvido jamais uma política efetiva de prevenção da violência.

Enquanto não acordarmos para a vida, continuaremos afundados na política do extermínio sanguinário.

Luiz Flávio Gomes é jurista, professor, fundador da Rede de Ensino LFG e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Natália Macedo Sanzovo é advogada, pós-graduanda em Ciências Penais, pesquisadora e coordenadora do Instituto Avante Brasil.

PALAVRA DO LEITOR

Webjet

Com tristeza acuso o fim da companhia aérea Webjet! Comprada pela Gol recentemente, ninguém entendeu os objetivos da gigante aérea brasileira, mas agora com sumaria demissão de 850 trabalhadores ficaram claros os objetivos da Gol: acabar com uma empresa aérea de baixo custo em prejuízo dos consumidores. A Anac e o Cade, que homologaram a venda, não pensaram nessa possibilidade ou fizeram vistas grossas sobre esse assunto? Fica o alerta para as próximas negociações e que esses órgãos pensem também nos trabalhadores e consumidores que, diante dos números envolvidos, com certeza ficaram esquecidos. Aconselho aos viajantes pesquisar preços em outras companhias, pois a maioria dos passageiros é de trabalhadores que, unidos contra estas demissões, podem fazer diferença no orçamento da Gol, haja vista que ela está fazendo a diferença para pior nos bolsos dos brasileiros.

Roberto Gomes da Silva, Santo André

Fuvest 2013

Com 56 candidatos por vaga, o curso de Medicina é o mais concorrido do vestibular da Fuvest. Vejo isso com preocupação, pois é sinal de alta demanda no mercado, ou seja, muito mais pessoas sofrendo acidentes dos mais variados tipos, desde escorregão em material eleitoral espalhado pelas ruas em dias de eleição, até acidentes do dia a dia, violência marginal e maior incidência de doenças e problemas de saúde em geral. O grande problema da Saúde pública é justamente esse! São necessárias ações para atacar as causas e diminuir o número de pessoas que por algum motivo buscam o pronto-socorro ou hospital. Ninguém quer sofrer acidentes ou ficar doente, é preciso investir em prevenção. Identificar a vocação dos estudantes e estimular candidatos à formação profissional, e que atuem diretamente na prevenção, como engenharia civil, de Segurança e trânsito, entre outros. Professores em geral e de áreas específicas, como educação física e nutricionistas. O Brasil precisa mudar a cultura, mais simpática e aceita popularmente, de atuação em cima das consequências, enquanto as causas aumentam. É o chamado ‘criar dificuldades para vender facilidades'.

Charles França, São Bernardo

Será?

Não posso dizer que lamento, mas, ao ler que em vários setores do Planalto o clima era de comemoração por Rosemary Nóvoa Noronha, a poderosa, ter sido destronada e desqualificada publicamente, fica em mim a impressão de que facções do PT pró-Dilma estão trabalhando ativamente para que a outra banda, a do ‘inominado', saia do cenário político de vez. Será?

Mara Montezuma Assaf, Capital

Polícia!

Onde anda o policiamento em São Caetano? Em plena época de compras de Natal, no sábado, confirmo que em três horas que estive nos arredores da Rua Santa Catarina, no Centro da cidade, não constatei um só policial nem patrulha motorizada. Também havia vários carros estacionados em situação irregular sem notificação. Minha mulher quase foi assaltada nesse mesmo dia lá no Centro. Como notei a intenção de assalto por parte dos três ‘pivetes' de 1,80 metro cada, eles dispersaram. Meu ponto de questionamento é o seguinte: será que com a derrota do candidato do partido da gestão atual existe algum movimento de queda dos serviços públicos na cidade, que é considerada uma das melhores do País?

Robson Antônio Palma, São Caetano

Pelas costas?

No caso de mais uma das ‘operações', denunciadas pela Polícia Federal, de indicados por ele para os cargos, Lula alegou que ‘foi apunhalado pelas costas'. Se foi apunhalado ‘pelas' costas e não ‘nas' costas, foi tentativa de suicídio. Chama o SUS ou manda um e-mail reclamando.

Mário A. Dente, Capital 




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