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Parque Celso Daniel vira reduto de sexo e drogas
Raimundo Oliveira e Vanessa Selicani
Especial para o Diário
28/04/2007 | 07:01
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Sexo, drogas, câmeras de vigilância inoperantes e um pequeno efetivo de guardas municipais são os principais problemas de segurança no Parque Municipal Celso Daniel, de Santo André. Os problemas acontecem no período da noite.

No final de abril do ano passado, o Instituto de Criminalísticas da cidade elaborou um inquérito que propunha o não-funcionamento do parque 24 horas por falta de estrutura e segurança. Assinado pelo perito Hélio Rodrigues Ramaciotti, ele pedia luzes novas, utilização de construções abandonadas, mais GCM (Guardas Civis Municipais) e novas câmeras de vigilância.

Apesar de ter realizado a maior parte das mudanças, revitalizado os banheiros, e manter abertas apenas duas das sete portarias, o número de guardas e as câmeras não foram alterados.

Na noite da última quinta-feira, somente seis das 23 câmeras estavam em funcionamento e a segurança era feita por apenas seis GCMs e um vigilante patrimonial. De acordo com os guardas que trabalham no local, o atual efetivo é pequeno para fazer o patrulhamento de toda a área do parque.

Casais heterossexuais usam o estacionamento do parque como motel e usuários de droga são responsáveis por cerca de 90% das ocorrências registradas pela GCM na área de 67 mil m² do local

Ramaciotti, que fez o laudo do IC no ano passado, não voltou mais ao parque, mas explicou que, se as câmeras não forem substituídas e o número de guardas aumentado, o local ainda não está preparado para permanecer 24h aberto. “As câmeras não gravam e não têm giro. Não há como manter a segurança”, afirmou.

Segundo informações de GCMs que trabalham no local, nos últimos dois meses foram registradas 98 ocorrências de casais fazendo sexo no estacionamento e 90 de usuários de drogas na área do parque.

O membro do Conselho tutelar da região, Antônio Donizete de Sá, conta que há dois meses não há ocorrências envolvendo menores no parque, mas que o conselho é contra a abertura na madrugada. “Estamos nos reunindo com algumas lideranças para pedir que o parque não funcione 24h. O horário é pouco utilizado e propício para o crime”, explicou.

A reportagem procurou a Prefeitura para esclarecer os problemas com a segurança, mas, até o fechamento desta edição, não teve resposta.




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