A última etapa da Operação 120 Dias, realizada pela Polícia Civil de Santo André, prendeu 71 pessoas ontem. A ação visa cumprir mandados de prisão por ocorrências de tráfico de drogas, homicídios e roubos. A operação teve início à 0h e foi até as 18h em Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Do total de detidos, dez foram presos em flagrante, 26 por mandado de prisão criminal, dois por mandado de prisão provisória, cinco por prisão preventiva, além de 13 por termo circunstanciados, que são crimes de menor potencial ofensivo.

Outras 29 pessoas foram presas por não pagamento de pensão alimentícia. Foram apreendidos sete menores de idade, sendo quatro em flagrante e três por mandado de apreensão.

Além disso, a polícia também apreendeu dez veículos e treze armas de fogo e recuperou quatro roubados, além de 1,240 quilo de maconha, 1,614 quilo de cocaína e 672 gramas de crack. Ao todo, 112 policiais e 50 viaturas participaram da ação.

Entre os presos está um assaltante de tratores conhecido como Samuca, que foi encontrado em Mauá. Segundo a polícia, ele já tinha passagem por outros roubos e mantinha uma mansão.

Segundo o delegado seccional de Santo André, que é responsável pela operação, Luiz Carlos do Carmo, o resultado foi positivo. “Ao tirar esses criminosos da rua, vamos trazer paz e melhor qualidade de vida para Santo André. Havia pessoas procuradas por homicídio e roubo, que ofereciam grande perigo.”

O delegado também destacou o papel da população para o sucesso da operação. “Hoje as pessoas entendem que a segurança é responsabilidade de todos, ou seja, o cidadão tem a consciência de que ele é essencial nesse processo. Isso porque é por meio das denúncias da população que conseguimos investigar a maioria desses casos”, disse Do Carmo.

Segundo ele, a principal preocupação para a região, especialmente para Santo André, é o roubo e furto de veículos. “Conseguimos baixar bastante esses números através da atuação da polícia em desmanches. A redução desses casos também possibilitou que os policiais recebessem uma bonificação, o que acaba estimulando o trabalho”, declarou.

Em relação ao tráfico de drogas, o delegado disse que, com o início da operação, muitos locais fecharam, o que dificultou as ações. “As informações acabaram passando já quando começamos a prender pessoas na madrugada”, explicou.

As ações da Operação 120 Dias tiveram início em agosto com o objetivo de cumprir diversos mandados de prisão. Mais de 200 pessoas foram detidas até ontem. A operação foi criada pelo Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo) especialmente para o Grande ABC.

A ação contou com policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos). Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) e do Meio Ambiente.

De acordo com o delegado seccional, mais operações estão previstas para serem realizadas até o fim deste ano. “Apesar dessa ser a última etapa da 120 Dias, vamos fazer mais ações para combater o crime nas cidades onde atuamos.”

Assaltante de comércios na Vila Assunção é capturado

Durante a operação, a Polícia Civil prendeu ontem Washington Modesto da Silva, 20 anos, por roubo no Jardim Riviera. Segundo os investigadores, ele é o responsável pelos assaltos a comércios no Centro e na Vila Assunção, conforme o Diário denunciou ontem.

Segundo o delegado titular do 1º DP (Centro), Lupércio Antonio Dimov, Silva foi identificado por meio de câmeras de segurança em dois comércios. “Pelas filmagens vimos que era uma dupla que entrava e comprava coisas com cartões de crédito falsos para, depois, assaltar o estabelecimento na hora de pagar.”

Por meio das filmagem, foi possível identificar o outro responsável pelos roubos que, segundo a polícia, também terá o mandado de prisão temporária expedido nos próximos dias. O celular de Silva foi apreendido, o que possibilitou o acesso ao comparsa.

O delegado ressaltou que as vítimas que relataram os roubos na Vila Assunção ainda não registraram boletim de ocorrência, o que é primordial para o andamento das investigações. “É importante que os comerciantes registrem o que aconteceu, pois só assim a polícia tem informações. As vítimas podem vir efetuar o reconhecimento, pois agora o ladrão está detido, não há perigo.”