Durante plenária para orientar a militância petista para a reta final da eleição, o candidato a prefeito de Mauá Donisete Braga (PT) revelou estratégia diferenciada: buscar os votos de quem se declara a favor de Vanessa Damo (PMDB), sua principal adversária.

A tática foi motivada pela pesquisa publicada ontem pelo Diário. Donisete aparece em segundo lugar, atrás de Vanessa - tem 20,4% das intenções de voto, contra 32,7% da primeira colocada. Mas, dos entrevistados que disseram votar na peemedebista, 13,1% citaram ter o petista como segunda opção.

"Vamos de rua em rua, especialmente onde tem placa e faixa da nossa adversária, para fazer um bom diálogo com esses moradores", discorreu Donisete. A estratégia incluiu colar em Vanessa a rejeição carregada pelo pai, o ex-prefeito Leonel Damo. "Fico imaginando o que seria da cidade com a volta do Leonel. Isso não pode acontecer."

O prefeiturável listou quatro "ingredientes" que não foram medidos pela pesquisa e aos quais se apega para terminar o primeiro turno na frente: o comício que realizou ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de segunda-feira (as entrevistas do levantamento foram feitas de manhã e à tarde); a margem de erro, de três pontos; a "força da militância petista na reta final" e a comparação das gestões de Leonel Damo com as do PT.

Segundo Donisete, a avaliação do governo atual com o anterior só será feita pelo eleitorado instantes antes da votação. "Os eleitores vão refletir muito nos 30 segundos de solidão em frente à urna, perceber que votar na Vanessa é votar no Leonel, e reconhecer que os melhores governos de Mauá foram os do PT", projetou.

O candidato também considerou que "a presença do Lula trouxe para o processo os moradores que estavam à margem da eleição". "Por tudo isso temos recall muito grande. Vamos chegar na frente no primeiro turno."