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‘Eles estavam em estado de defesa, como se pudessem evitar’
Por Especial para o Diário
20/07/2007 | 07:15
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“Cheguei ao local do acidente por volta das 19h30 com uns médicos. O cenário da tragédia era impressionante. Recolhemos entre 20 e 25 corpos, todos adultos. Com certeza, não eram passageiros da aeronave.

Uma loja de conveniências integrava o posto de combustível, que teve parte atingida pelo Airbus. Era ponto de encontro de pessoas aos finais de tarde e inícios de noite.

Por conta do fogo que se alastrou após o impacto da aeronave, só pudemos entrar no local umas duas horas e meia após.

As únicas peças do avião que sobraram intactas, ou pelo menos visíveis, foram a calda e os assentos. Os corpos estavam, em sua maioria, carbonizados, sem a menor condição de identificação imediata. Outros, apenas com queimaduras graves, mas com muitas fraturas.

Desde o início da operação, trabalhamos com a hipótese de encontrarmos de 200 a 250 vítimas, entre passageiros e pessoas que se encontravam no edifício e no posto.

O mais chocante na cena era visualizar quase todas as vítimas em estado de defesa, como se pudessem evitar a tragédia que estava para acontecer.”

O relato é do médico Douglas Ferrari, presidente da Sebrati (Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva), que participa dos trabalhos desde terça-feira.



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