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Diadema deixa de receber R$ 100 mi em 2 anos
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
06/01/2011 | 07:12
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Tiago Silva/DGABC


Após sua nomeação para a Chefia de Gabinete do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), Osvaldo Misso afirmou que dados apontam que a cidade perdeu cerca de R$ 100 milhões de expectativa de receita nesses dois primeiros anos de mandato devido à crise econômica mundial e ajuste por conta dos precatórios, comprometendo poder de investimento municipal.

Misso enfatizou a reformulação no governo servirá para construir estrutura mais harmônica. "Nossa função será a de cumprir os projetos em pauta, concluir o que foi prometido em campanha, apesar dessas atribuições negativas de queda significativa na arrecadação. O governo teve nesse começo muitas dificuldades financeiras e, com as adequações promovidas, temos a previsão de voltar a colocar o município nos trilhos."

Com o ingresso de Misso na Pasta, Antônio Lusairto Fideles assumiu a coordenação da Participação Popular. A expectativa do governo é efetuar novas alterações ao longo do primeiro semestre de 2011. "As demais modificações serão feitas de modo tranquilo para não atrapalhar o processo. Faremos tudo com muita calma", adiantou o secretário, que anteriormente gerenciava as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na cidade.

De acordo com a administração, o objetivo desse processo inicial de troca de cadeiras no primeiro escalão é adequar os perfis administrativos para o biênio de 2011 e 2012, com intuito de acelerar as obras, principalmente as contratadas em parceria com o governo federal, por meio do PAC 2.

Sobre o relacionamento do Executivo com o Legislativo, Misso disse que a sua função será de manter a continuidade dos projetos e não acredita que a derrota do candidato governista à presidência da Casa, em dezembro, possa abalar o casamento. "Vejo muita vontade de dialogar. A condução permanecerá de respeito. O presidente (Laércio Soares, do PCdoB) faz parte da base de sustentação. Não visualizo problemas neste complemento do governo Reali. Por isso, serei fonte auxiliar para atingirmos as metas da administração, que visa retornar a ter capacidade de investimento."

A reestruturação teve início em dezembro. As primeiras áreas que sofreram troca de comando foram Defesa Social, Fundação Florestan Fernandes e a Assessoria de Relações Internacionais. O nome de Arquimedes Andrade foi consolidado na administração da Secretaria de Defesa Social. O antigo titular da Pasta, José Francisco Alves, entrou na Fundação Florestan Fernandes. Para ocupar a função de assessor de Relações Internacionais, o ex-vice-prefeito Joel Fonseca foi o escolhido do Paço.

Outro quesito para o troca-troca se deu para buscar inovações na área da participação popular para intensificar as relações com os movimentos sociais e a sociedade organizada.

Com o PAC 1, Diadema conseguiu recursos para as áreas de Habitação, Saneamento e Infraestrutura, cujas obras estão em andamento. Até o momento, com recursos do PAC 1 e PAC 2 e contrapartidas da cidade, os investimentos giram em pouco mais de R$ 200 milhões.




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