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Gestões de Saá foram marcadas por denúncias de corrupção
Das Agências
23/12/2001 | 16:26
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Adolfo Rodriguez Saá, 54 anos, um "caudillo" (chefe local) da deserdada província de San Luis, onde governou por 18 anos, torna-se o 44º presidente da Argentina onde deverá enfrentar uma severa crise econômica e social.

Seus 18 anos de governo regional foram marcados pela manutenção das contas públicas sob controle, mas também por denúncias de corrupção e de autoritarismo pela oposição local.

Nascido a 25 de julho de 1947, na cidade de San Luis, capital da província do mesmo nome, Rodríguez Saá é casado com María Alicia Mazzarino, com quem tem cinco filhos. Como os demais 18 presidentes argentinos constitucionais, Rodríguez Saá é advogado, formado na estatal Universidade Nacional de Buenos Aires (UBA).

Rodríguez Saá iniciou sua carreira política em 1971, no Partido Justicialista (peronismo) de San Luis, do qual foi o representante legal até 1983. A partir de 1973, com o regresso do peronismo ao governo nacional após 22 anos, Rodríguez Saá foi eleito deputado provincial e presidente do bloco peronista, cargo que ocupou até o golpe militar de 1976.

De 1987 a 1994, Rodríguez Saá foi "conselheiro nacional" do partido e em 1994 foi um dos legisladores da Convenção Nacional Constituinte que redigiu a reforma constitucional. Entre 1985 e 95, presidiu o Partido Justicialista de San Luis, antes de ser o terceiro vice-presidente do PJ nacional (1996-2000). Desde 1999, ocupa a secretaria de Relações Institucionais do peronismo.

Em 1999, Rodríguez Saá apresentou sua pré-candidatura a presidência pelo Partido Justicialista. Como o ex-presidente peronista Carlos Menem, o presidente interino sairá do governo de uma pequena província, com cerca de 350 mil habitantes e uma indústria incipiente, para a direção de um país com uma dívida pública de US$ 132 bilhões (46% do PIB), sob o risco de moratória e com uma taxa de desemprego de 18,3%, provocada por 42 meses de recessão.




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