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Hoje é o Dia do Palhaço

No Grande ABC, nova geração de ícones
da alegria mantém viva a arte de fazer rir

Por Vinícius Castelli
10/12/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Seja por conta de nomes como Atchim, Espirro, Arrelia, Carequinha, ou qualquer outro que tenha tirado um sorriso do rosto de alguém, a imagem do palhaço está eternizada. E hoje é o dia deles, que, além de fazer há anos a alegria de tanta gente, seguem deixando lembranças nos mais novos e fazendo com que os adultos não se esqueçam de que ainda são um pouco crianças.

No picadeiro, junto da magia do circo, na TV ou nas ruas – palco que tem se tornado cada vez mais comum para eles – , os palhaços estão espalhados por todos os lados, mantendo viva a tradição de fazer rir. No Grande ABC não é diferente. Douglas Marinho, de Santo André, tinha entre 9 e 10 anos quando sua mãe o levou a um circo que estava em cartaz na região. O sentimento de alegria por ver um “ser tão engraçado e atrapalhado” ainda preenche seu coração, duas décadas depois.

O amor foi tamanho que ele criou a companhia Circo do Asfalto, que hoje tem seis anos de estrada. Douglas encarna o palhaço Diou, que também é malabarista e dupla da palhaça Francisquinha, personagem vivido por sua mulher, Fran Marinho. Até o filho do casal, Téo (hoje com 4 anos), já participa da brincadeira.

Fã de nomes como Arrelia, Carequinha e Piolin, Douglas, 30, conta que primeiro se apaixonou pelo malabarismo, “depois fui conhecendo diversas áreas de atuação no circo até chegar ao palhaço, aquele que pode transitar por todas as áreas, além de ter o dom de fazer rir”. Ver o brilho no olhar de uma criança ou a nostalgia que sente dos mais velhos por se lembrarem da infância é o que mais dá alegria em Douglas e sua família.

Também de Santo André para o mundo das palhaçadas, Alexandre Vendruscolo, 34, dá vida ao palhaço Mansueto, mesmo nome da ‘vila de casas’ em que mora desde que nasceu. O personagem é a válvula de escape para Vendruscolo, que se sente o Clark Kent se tornando o Superman ao se caracterizar. “Acho que a vida mais me buscou para ser palhaço do que eu busquei isso”, explica o artista.

Sinceridade é o que vem à cabeça do andreense quando pensa na palavra ‘palhaço’. “Ele não esconde a sujeira debaixo do tapete, e se esconder, ele mostra para todo mundo”, diz. Para ele, a figura é, por obrigação, um ser de luz, “um sacerdote de cura nesse mundo. Ele pega a desgraça e transforma em graça”.

Mansueto ajuda Vendruscolo a viver financeiramente. Ele divide o tempo de ‘fazer rir’ com oficinas de iniciação em malabares com bolinhas, atuações, promoções e dança. Ele também tem um projeto chamado O Cortejo Do Mansueto, em que divide espaço com outros artistas de rua. Com seu nariz azul, o personagem estará livre, como sempre, nas ruas da região para comemorar seu grande dia.

Outra opção para quem quiser ver um palhaço de perto hoje é o Circo Spacial (www.spacial.com.br), em cartaz em São Bernardo (Rua do Túnel – atrás do Ginásio Poliesportivo). As entradas custam de R$ 15 a R$ 250, com sessões às quintas e sextas (20h30) e aos sábados, domingos e feriados (17h, 19h e 20h30). 




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