Setecidades Titulo Prevenção
Brasil distribuiu 2 mi de preservativos do tipo neste ano
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
26/12/2009 | 07:03
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A camisinha feminina surgiu no Brasil em 1997, sendo comercializada em farmácias e sex shops. De lá para cá, pouco evoluiu em sua popularização. No País, foram distribuídas em 2009 (até novembro) 400 milhões de preservativos masculinos e 2 milhões dos femininos, segundo dados do Ministério da Saúde.

"Nossa política é distribuir a populações específicas, como profissionais do sexo, mulheres com HIV ou que tenham parceiros soropositivos, que sofrem violência doméstica ou até que têm alergia ao látex da (camisinha) masculina", explicou Juny Kraiczyk, assessora técnica de prevenção do Departamento DST-Aids, do Ministério da Saúde.

Reconhecendo que o número de camisinhas femininas distribuídas pelo governo federal é menor, Juny afirmou que a oferta atende às demandas dos Estados, que não pedem mais preservativos do tipo.

A coordenação estadual DST-Aids de São Paulo considera que a quantidade de preservativos femininos disponibilizados pelo governo deveria ser maior.

"É preciso uma política nacional que envolva diversos segmentos para popularizá-la", ressaltou Silmara Conchão, professora do separtamento de saúde coletiva da Faculdade de Medicina do ABC e integrante do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações de Gênero da USP (Universidade de São Paulo). Para ela, depois do surgimento da pílula anticoncepcional, na década de 1960, a camisinha feminina é o que há de mais importante para a conquista da autonomia da mulher.

O preservativo feminino pode ser colocado até oito horas antes da relação sexual. Mulheres que usam relatam que, com a ajuda do parceiro, colocar a camisinha feminina se torna um prazer. "O anel que ajuda a introduzi-la estimula zonas erógenas no fundo da vagina", relatou a socióloga Ana Lúcia Spiassi, que experimentou com o marido e recomenda.




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