Economia Titulo Dívidas
Paulistanos iniciam
ano mais endividados

Pesquisa mostra que 48,8% das famílias têm contas a pagar;
a expansão ocorre após sequência de quatro quedas seguida

Por Gilmara Santos
Do Diário do Grande ABC
05/02/2013 | 06:34
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Os consumidores iniciaram o ano com mais dívidas. É o que revela a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). De acordo com o levantamento, 48,8% das famílias paulistanas estão endividadas. O montante representa alta de 2,6 pontos percentuais em relação a dezembro e aumento de 6,4 pontos percentuais na comparação com janeiro do ano passado.

A expansão no número de pessoas com débitos em janeiro ocorre após sequência de quatro quedas seguidas. Depois de atingir o pico do ano, 53,53%, em agosto, o indicador vinha ladeira abaixo, fechando dezembro em 46,26%

POR RENDA - A pesquisa mostra também que as famílias que ganham até dez salários-mínimos são as que têm os principais problemas de endividamento. Neste recorte, elas representam 52,8% do total.

Na análise dos economistas da Fecomercio-SP, a elevação do número de contas a pagar nesta época do ano já era esperada, uma vez que sofre o impacto das compras realizadas para as festas de fim de ano. "O número de famílias endividadas que ganham até dez salários-mínimos demonstra que a população com renda mais baixa depende mais do crédito para manter os atuais padrões de consumo", destacam os especialistas da entidade.

Em números absolutos, o total de famílias endividadas aumentou de 1,659 milhão em dezembro para 1,751 milhão em janeiro, sendo que no mesmo mês de 2012 eram 1,521 milhão. Já a quantidade com contas em atraso apresentou queda de 0,5 ponto percentual em relação ao mês passado, registrando 15,3%. No comparativo com janeiro de 2012, o indicador apresentou alta de 4,9 pontos percentuais.

POR DÍVIDA - O cartão de crédito continua sendo o grande vilão, com 68,2% das dívidas concentradas na tarjeta, seguido por carnês (17,2%), financiamento de carro (12,3%), crédito pessoal (8,6%), cheque especial (6,8%), financiamento de casa (5,6%) e outros (6,8%). Segundo a Fecomercio-SP, o alto nível de utilização do cartão de crédito se deve, principalmente, à expansão do consumo nas classes C, D e E, da qual 73% contraíram dívida através do plástico. De dezembro para janeiro, o destaque fica para o aumento de 2,12 pontos percentuais no financiamento de carro e expansão de 1,57 ponto percentual no cheque especial.

 

 




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