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Público-alvo de vacina contra hepatite B é ampliado

Pessoas com até 49 anos devem procurar postos de Saúde; especialistas defendem extinção de limite

Thaís Moraes
Do Diário do Grande ABC
19/07/2013 | 07:00
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Pessoas com até 49 anos que não tomaram a vacina contra a hepatite B podem comparecer, a partir de agora, a qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde) para iniciar a imunização gratuitamente. Até o ano passado, a vacinação era destinada até a faixa dos 29.

A novidade foi anunciada pelo Ministério da Saúde, que informou ampliar a cobertura para que a doença, que pode se transformar em cirrose e câncer, seja eliminada no futuro. A medida beneficia cerca de 150 milhões de brasileiros de 0 a 49 anos. No Grande ABC essa população é de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas.

Especialistas defendem a extinção da idade limite. “A vacina é uma reivindicação muito antiga por parte dos infectologistas. Isso deveria ter sido feito há mais de dez anos. O Ministério da Saúde gasta milhões no tratamento da hepatite B crônica, sendo que é uma doença pode ser prevenida”, observa o professor de Infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Juvêncio Furtado.

O médico do departamento de imunização da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Marcelo Baher, compartilha da opinião. “A vacina só terá impacto positivo quando dada em grande escala. A SBI vê a mudança com bons olhos, mas defende que a vacinação deveria ser universal”, analisa.

Existem oito tipos de hepatites, sendo as mais comuns a A, B e C – as duas primeiras são as únicas que possuem vacina. Transmitidas por vírus, atacam o fígado, maior glândula do corpo humano que, entre várias funções, é responsável por desintoxicar o organismo.

No caso da hepatite B, a doença é transmitida principalmente por meio de relações sexuais e por isso também é considerada uma DST (Doença Sexualmente Transmissível).

“O diagnóstico não é difícil, o grande problema é que é uma doença muito silenciosa. A maioria dos portadores de hepatite não sente nada e, quando o sintoma aparece, o problema já está em estágio avançado. Por isso é tão importante que toda a população se vacine”, explica Baher.

Quando os sintomas dão os primeiros sinais, o infectado apresenta cansaço, náuseas, vômito, mal-estar, olhos e pele amarelados, urina escura, fezes esbranquiçadas e dor nas juntas. Para garantir total imunização, é necessário que a pessoa tome três doses. “A segunda deve ser aplicada 30 dias após a primeira, e a terceira, seis meses depois da primeira. A eficácia da vacina é de 90 a 95% e dura para a vida inteira”, destaca o infectologista Juvêncio Furtado.




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