A Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos) de Santo André apresentou ontem aos 21 vereadores da cidade, no Plenarinho da Câmara, o Programa de Arborização e Manejo em Vias Públicas com Espécies Nativas Regionais da Mata Atlântica.

O objetivo é trocar espécies exóticas, vindas de outras regiões, das calçadas de toda a cidade por espécies da Mata Atlântica da região Sudeste, como ipês e manacás, além de plantar em regiões com poucos ou nenhum vegetal. Em quatro anos, o município quer dobrar o número de árvores nas vias, que hoje é de 41 mil.

Além de contemplar o plantio, remanejamento e compensação ambiental, a retirada das espécies exóticas, como fícus e uva japonesa, reduzirá danos nos calçamentos, com a expansão de raízes, e fios de alta-tensão provocados pelo crescimento exagerado de árvores não nativas. Outro problema é a queda de muitas folhas em períodos de chuva, como agora, o que provoca o entupimento de bueiros e bocas de lobo, já que as árvores vindas de outros países trocam suas folhas seguindo as estações climáticas de suas regiões de origem.

"Estamos tendo muitos pedidos de retirada de árvore por parte dos munícipes. São 2.560 solicitações de remoção, ao ano. Atendemos 407, com critério. Não é toda árvore que tem a necessidade de ser retirada", explicou Alberto Rodrigues Casalinho, secretário da Pasta.

Segundo ele, atualmente a distância entre uma árvore e outra varia de 70 metros a até 160 metros. O custo do programa será zero, já que a administração possui estrutura. Um projeto de lei do Executivo deve ser apresentado nos próximos meses na Câmara.

Uma das medidas é a compensação ambiental por parte do morador na remoção de árvores. A ideia é que a cada retirada, o cidadão seja obrigado a doar determinada quantia de mudas de mata nativa ao município, dependendo do tamanho da espécie.