A diretoria do Santo André começa a definir a partir desta segunda-feira o planejamento para a temporada de 2006 e, apesar de não ter uma posição oficial sobre a permanência da comissão técnica, só depende do clube a continuidade de Pepe como supervisor-técnico da equipe.

O Canhão da Vila, mesmo tendo duas propostas para deixar o clube, disse preferir dar seqüência a seu trabalho no Ramalhão. "Este um mês de trabalho foi muito bom, mas é difícil conhecer todos os jogadores e adversários num curto espaço de tempo. Tem um ditado que diz que o impossível eu faço rápido, mas milagre demora mais um pouco", afirmou.

O visível abatimento dos jogadores do Santo André por causa da desclassificação na Série B do Campeonato Brasileiro diante do Grêmio, sexta-feira, em Porto Alegre, foi confortado pelas experientes palavras de Pepe. Ele fez questão de ressaltar o desempenho do elenco durante todo o quadrangular semifinal, período em que ele acompanhou a equipe. "Foi uma bela campanha. Caímos na chave mais difícil e, mesmo assim, fizemos dez pontos. Tenho certeza que no outro grupo estaríamos classificados", disse.

Mesmo evitando falar sobre o próximo ano, Pepe mostrou um grande envolvimento com o Santo André. No início do mês, por exemplo, ele deixou de comparecer a uma homenagem que recebeu no Santos, que deu nome aos vestiários do novo CT para acompanhar o Ramalhão no confronto com o Avaí, em Florianópolis. "Procuro contribuir com minha experiência. Os jogadores sempre vêm falar comigo. Durante os jogos, sempre converso com o Sérgio Soares (técnico). E assim vai", afirmou.

O supervisor-técnico citou sua participação na Ponte Preta durante quatro temporadas, de 1997 a 2001, como exemplo de que trabalhos a longo prazo proporcionam resultados expressivos. "Lá conseguimos várias conquistas, além de revelar uma safra boa de atletas como o Luís Fabiano e o Adrianinho, entre outros que estão por aí".