Política Titulo Mauá
Ex-comissionada reclama de calote do Paço
Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
07/01/2020 | 06:23
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Nario Barbosa/DGABC


Ex-funcionária comissionada da Prefeitura de Mauá, Maria Rosângela Caris dos Santos, 48 anos, acusa o governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB) de calote do pagamento do salário e de direitos trabalhistas. O Paço nega que haja atraso.

Rosângela, como é conhecida, alega que atuava como diretora na Secretaria de Justiça e Cidadania, durante o governo da então prefeita Alaíde Damo (MDB) – voltou ao posto de vice com a decisão da Justiça paulista em anular liminarmente o impeachment de Atila, em setembro. Apadrinhada da família Damo, ela diz ter sido dispensada com o retorno de Atila.

“Fomos exonerados quando o Atila voltou, em setembro. (Foram exonerados e estão sem receber) Eu, meu ex-chefe e mais duas pessoas com quem eu conversei. A gente liga na Prefeitura e ninguém dá nenhuma explicação. Algumas pessoas receberam e outras não, acho que isso acontece porque a gente é contra o governo dele (Atila), pelos atos dele. Então, na minha opinião, é uma retaliação política. O governo não está olhando para a gente como funcionários da Prefeitura”, acusou a ex-comissionada, ao estimar ter direito a receber cerca de R$ 4.000.

Ao Diário, a Prefeitura de Mauá negou que tenha dado calote no pagamento de verbas indenizatórias, mas admitiu que os depósitos têm sido feitos de “forma gradativa” . “Todos os funcionários demitidos pela Prefeitura de Mauá na gestão atual e na anterior estão sendo pagos de forma gradativa de acordo com a situação financeira da Prefeitura. Importante frisar também que alguns desses funcionários não apresentaram as documentações exigidas para quitação”, justificou a administração, por meio de nota. O governo não confirmou, tampouco contestou o caso específico de Rosângela.

O atraso nos pagamentos de funcionários comissionados, porém, não é inédito em Mauá. Esse mesmo problema ocorreu com funcionários apadrinhados ligados a Atila que foram dispensados pela gestão de Alaíde após o impeachment, em abril, e que ficaram sem receber. As frequentes trocas no comando do Executivo causaram exonerações e nomeações em massa. 




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