Setecidades Titulo Trânsito
Mortes no trânsito têm alta de 13,5%

Registros do primeiro semestre apontam que motociclistas foram as principais vítimas fatais, com 50 ocorrências; pedestres aparecem na sequência

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
20/07/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O primeiro semestre de 2019 foi de trânsito mais violento no Grande ABC, principalmente para os motociclistas. Isso é o que mostra o levantamento do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo). Entre janeiro e junho deste ano, foram 109 acidentes com mortes, número 13,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2018 – 96 óbitos. No caso dos condutores de motos, houve alta de 78,5% nas ocorrências, passando de 28 para 50 vítimas fatais.

Sociólogo e consultor em segurança no trânsito, Eduardo Biavati destaca que o número de acidentes fatais envolvendo motociclistas é crescente pela vulnerabilidade que o veículo apresenta. “A exposição da moto é difícil de controlar e, muitas vezes, a falta de proteção também é um fator crucial. Não podemos pensar apenas no capacete. Qualquer coisa jogada nas rodovias ou buracos podem ocasionar quedas, todo corpo fica sem proteção. Essa vulnerabilidade é muito difícil de administrar.”

Os pedestres foram o segundo grupo mais vulnerável no trânsito no primeiro semestre, invertendo cenário registrado no ano passado, quando representavam o principal alvo e, na sequência, apareciam os motociclistas. Apesar da queda de 31,8% nos registros de atropelamentos, foram 30 óbitos neste ano. Pelo menos metade das vítimas estava cruzando a via ou caminhando pelo acostamento no momento do acidente.

Os homens correspondem à grande maioria das vítimas fatais – 78% dos casos. Em relação à idade, 40% dos mortos têm menos de 30 anos de idade.

CICLISTAS

Outro problema apontado pelos dados do governo estadual é que o número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito nos seis primeiros meses do ano no Grande ABC já supera em quase duas vezes o total de óbitos do tipo observado em 2018 na região. Foram sete registros entre janeiro e junho de 2019 contra quatro casos em todo o ano passado. O cenário é reflexo da falta de infraestrutura adequada às bikes – faixas segregadas e sinalizadas – somada ao desrespeito entre os cidadãos, sejam eles pedestres ou condutores dos diversos tipos de veículos, motorizados ou não, no sistema viário, avaliam os especialistas.




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