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PT colocará peso na eleição de São Bernardo e Diadema

Vice-presidente nacional do partido, Alexandre Padilha relata que Marinho e Filippi estão na lista de prioridades para 2020

Por Fabio Martins
do Diário do Grande ABC
19/05/2019 | 07:07
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Montagem/DGABC


Depois de derrota simbólica no Grande ABC nas últimas eleições municipais, a cúpula do PT volta a projetar as cidades do reduto na lista de prioridades e estima colocar peso político no pleito de 2020 em São Bernardo e Diadema, com os ex-prefeitos Luiz Marinho e José de Filippi Júnior, respectivamente. Embora a sigla ainda não tenha consolidado os nomes para as disputas majoritárias, ambos já aparecem com apoio das principais lideranças internas. A proposta é reverter cenário adverso – o partido ficou sem representatividade de prefeitos na região pela primeira vez na história.

Vice-presidente nacional do petismo, o deputado federal Alexandre Padilha admitiu, em visita ao Grande ABC, que São Bernardo e Diadema integram o rol petista no País, ao lado de capitais, como São Paulo, na tentativa de empenhar forças para alterar a configuração de comando das prefeituras consideradas chave. “A região como um todo terá nosso foco, mas lógico que tanto São Bernardo, com Marinho, e Diadema, com Filippi, que tiveram gestões bem-sucedidas, são duas grandes prioridades, até pelas figuras que são, de expressão, prefeitos mais de uma vez. Fizeram governos fortes”, alegou o parlamentar. Marinho geriu São Bernardo por dois mandatos consecutivos (entre 2009 e 2016). Já Filippi comandou Diadema em três ocasiões (de 1993 a 1996 e de 2001 a 2008).

Diante da crise do petismo, Marinho e Filippi sofreram derrotas eleitorais em 2018. O ex-prefeito de São Bernardo entrou na briga pelo governo de São Paulo, vencida por João Doria (PSDB). Ele ficou na quarta posição, obtendo 12,66% dos votos (2,5 milhões de sufrágios). Em São Bernardo, teve 25,72% das adesões. Já Filippi foi candidato a deputado federal. O PT paulista assegurou oito cadeiras. Na região, apenas Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, registrou êxito nas urnas. Filippi atingiu 43.382 votos, atrás de Ana do Carmo (51,8 mil) e Eloi Pietá (60,6 mil).

Apesar da expectativa destacada nas duas cidades, Padilha citou, em menor entonação, que Mauá e Santo André também constam na proposta do PT para resgate de cidades em que o partido já esteve à frente do Paço. Em território andreense, o ex-ministro da Saúde evitou falar em nomes, embora tenha comparecido a evento promovido na última semana pela vereadora Bete Siraque, uma das cotadas ao posto. Para o páreo de Mauá, por sua vez, frisou a possível escolha do ex-prefeito Oswaldo Dias, que enfrenta concorrência interna do ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Júnior e do vereador Marcelo Oliveira.

“Queremos recuperar Mauá. Lá hoje tem crise que só uma figura com densidade política como a do Oswaldo tem condições de superar essa instabilidade que a cidade vive atualmente. É debate que tem que fazer”, alegou Padilha, referindo-se à cassação do então prefeito Atila Jacomussi (PSB) – Oswaldo, por outro lado, teve problemas de inelegibilidade na empreitada de 2018, o que se torna motivo de desgaste.

Na sequência das declarações, contudo, o deputado se esquivou a mostrar predileção em Santo André. “Não cabe a mim discutir isso, o PT aqui tem história, tradição. Celso Daniel é exemplo, são muitos quadros”, emendou. Além de Bete, o vereador Eduardo Leite, bem como os ex-prefeitos Carlos Grana e João Avamileno e o ex-deputado estadual Luiz Turco têm chances à corrida. Padilha enfatizou que Marinho, na condição de presidente paulista do PT, é quem vai liderar o processo de definição.  




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