Política Titulo Organização criminosa
PF investiga esquema de fraudes em seguro-desemprego e prende cinco envolvidos em Mauá
Fabio Martins
16/04/2019 | 06:44
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Claudinei Plaza/DGABC


A PF (Polícia Federal) deflagrou ontem, nas cidades de Mauá, São Paulo, Porangatu, em Goiás, e Ibicuí, na Bahia, a segunda fase da Operação Mendacium, visando desbaratar esquema de fraudes para recebimento indevido de seguro-desemprego. Foram encaminhados 21 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, expedidos pela 8ª Vara Federal da Capital. Somente na cidade do Grande ABC houve dez mandados de detenção e seis de mandados de busca – no município, cinco foram presos.

Quatro acabaram detidos em São Paulo e um na Bahia. Parte dos suspeitos não foi localizada. A PF não divulgou os nomes dos envolvidos. Os cumprimentos se deram em razão de representação penal e, a princípio, não há indícios de participação de funcionários públicos. O Ministério da Economia indicou que entre os anos de 2015 e 2019 o grupo investigado recebeu mais de R$ 20,5 milhões em pagamentos de seguro-desemprego irregulares. Os criminosos teriam obtido até então 13 mil parcelas. De acordo com polícia, com a descoberta do esquema e de suas práticas, conseguiu-se o bloqueio no valor de R$ 10,6 milhões, que seriam levantados pelo grupo em parcelas a vencer do benefício.

A averiguação começou em outubro de 2017, com base em denúncia de um trabalhador rural de Presidente Prudente, no Interior de São Paulo, na qual pessoa não identificada estaria recebendo seguro-desemprego em seu nome. Diante da informação prestada, foram identificadas 408 empresas inexistentes de fato, sendo que a organização havia usado grande parte para o recebimento irregular do auxílio.

A delegada federal Sabrina de Freitas Soares afirmou, em coletiva de imprensa realizada ontem, que os líderes da organização são dois irmãos originários de Goiás. Eles foram presos na primeira etapa da operação, no ano passado. Um deles chegou, de acordo com a delegada, a se colocar como candidato a deputado estadual nas últimas eleições, mas, por divergências internas, não emplacou a campanha.

As investigações mostram que o grupo tanto fraudava o cadastro de trabalhadores sem o conhecimento deles quanto também aliciava pessoas para que fornecessem os dados pessoais para serem usados no esquema criminoso. 




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