Hoje, os 1.800 juízes da Justiça Federal cruzam os braços em todo o País. A paralisação deve durar 24 horas e tem como objetivo sensibilizar a sociedade por problemas como segurança, alta carga de processos e baixa remuneração.
No Grande ABC, as sete varas em funcionamento, que atendem principalmente a audiências do INSS e ações de sonegação fiscal, só funcionarão em esquema de urgência. Na região, a alta carga de processos é a principal reclamação. Com apenas 11 juízes e uma média de 700 ações protocoladas por mês, os magistrados cobram concursos para diminuir a alta demanda.
Em âmbito nacional, a paralisação reivindica ainda a criação de polícia específica para trabalhar em conjunto com a Justiça federal, a criação de colegiado de juízes para o julgamento de ações ligadas ao narcotráfico e o aumento da segurança dos magistrados.
Mesmo tendo a aprovação de 83% dos magistrados, o CFJ (Conselho da Justiça Federal) decidiu anteontem que os juízes federais que participarem da paralisação nacional terão o dia não trabalhado descontado na folha de pagamento. A proposta foi apresentada pelo presidente do CJF, ministro Ari Pargendler, e aprovada por unanimidade.
Com isso, a Ajufe (Associação dos Juízes Federais) disse em nota que " tomará as medidas cabíveis, administrativas e judiciais, em face da medida tomada pelo CJF".
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