O PR escolheu o empresário do ramo de usinagem Osvaldo Basso para pleitear a vaga de vice na chapa de reeleição do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT). Segundo o presidente do PR municipal, José Carlos Gonçalves, Basso é o "José Alencar para Reali", fazendo referência ao ex-vice-presidente da República (morto em 2011) nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Basso tem passagem pela política de São Bernardo e Diadema. Esteve no extinto PPB (hoje PP), cuja principal liderança é Paulo Maluf, foi coordenador regional do PDT, passou pelo PSB e também PHS. Apesar de circulação constante no meio político, o empresário é pouco conhecido do eleitorado. Em 2002, disputou cadeira na Assembleia e recebeu 2.361 votos.

"Acreditamos que o Osvaldo Basso reúne todas condições de ser vice do Mário. É o José Alencar que o Mário precisa, porque vai agregar todo empresariado, e será fundamental para a cidade", avalia José Carlos, que foi vereador entre 2001 e 2004.

Como o empresário é desconhecido dos eleitores, a legenda aposta justamente na baixa rejeição de Basso. Personagens que já explicitaram o desejo de arrebatar o posto, o atual vice Gilson Menezes (PSB), o secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), e a vereadora Cida Ferreira (PMDB) são figuras tradicionais na política diademense.

Outro fator motivador para o PR é que o mesmo grupo político que hoje está à frente da sigla republicana emplacou o vice de Reali em 2008. Há quatro anos e no PSC, José Carlos e um grupo de ex-vereadores - entre eles José Zito da Silva e Antônio Bonfim de Melo, o Titio - convenceram a cúpula petista a acolher Gilson na divisão da chapa, apesar da posição contrária do então prefeito José de Filippi Júnior (PT), padrinho político de Reali.

O próximo passo é persuadir o alto escalão do governo a aceitar Basso na chapa. Reali declarou apoio à manutenção de Gilson. O atual vice sofre com resistência do PSB, que tende a indicar Adelson ao posto. PMDB e PPS correm por fora para conquistar a vaga.