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Como nasce a pérola?
Caroline Ropero
Especial para o Diário
03/04/2011 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A pérola pode se formar dentro de qualquer concha bivalve (dividida em duas partes), revestida internamente por nácar (camada dura e brilhante), conhecida como madrepérola. Essa camada é constantemente produzida para acompanhar o desenvolvimento do molusco que vive lá. Quando um corpo estranho, como grão de areia, consegue entrar na concha, o bichinho reage, recobrindo o intruso com nácar para se proteger.

Com o tempo, a madrepérola passa a cobrir o objeto estranho como se formasse várias camadas sobre ele. A cobertura vai aumentando o volume e transforma o invasor em pedra preciosa. Se o intruso tiver formato irregular, a pérola também terá.

Esse processo é uma reação natural de defesa dos moluscos que vivem em conchas bivalves e demora cerca de três anos. Entretanto, pérolas naturais raramente têm valor comercial. Aquelas perfeitamente redondas, brilhantes e resistentes são raramente encontradas; por isso, são tão caras.

A cor é determinada pelo manto (espécie de pele que reveste internamente a concha), pelas substâncias presentes na água e a saúde do molusco. A mais comum é a creme, mas há dourada, verde, azul, entre outras. A mais rara é a negra, do Oceano Pacífico.

Como a concha é bem dura e eficiente para proteger seu morador, é difícil um invasor entrar. Assim, uma pérola natural é encontrada em uma a cada 10 mil conchas. A maior parte das pedras comercializadas é obtida de forma artificial, inserindo minúsculo pedaço de nácar dentro da concha para induzir a produção da pérola.

 

Como é feita a produção artificial?

 

Poucos países, como Dubai, Tailândia e Sri-Lanka, ainda investem na procura por perólas naturais. A maioria é produzida artificialmente em tanques, a partir de algumas espécies de ostras. Quem começou isso foi o Japão, no fim do século 19. No ínicio, apresentavam muitos defeitos. Só em 1893, os japoneses aperfeiçoaram a produção e conseguiram as primerias pérolas inteiras e redondas, permitindo a fabricação de joias.

A produção é parecida com a natural. Eles abrem pequeno espaço na concha e colocam um pedacinho bem redondo de nácar. Fazem isso com cuidado para não machucar a ostra. Em seguida, fica em tanque especial por uma ou duas semanas, para se recuperar e depois é cultivada no mar por três a cinco anos. A ostra então é retirada de lá para extrairem a pedra. Além do Japão, o cultivo artificial é feito na Austrália, Golfo Pérsico, China e Indonésia.




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