Prefeito de Diadema costura pessoalmente acordos para tucano vencer sucessão de Maninho
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), entrou pessoalmente no debate em torno da disputa pela presidência da Câmara para o próximo biênio (2015-2016). A fim de viabilizar a vitória do vereador Zé Dourado (PSDB) e abortar nova derrota do governo, o verde tem costurado apoio diretamente com integrantes da base aliada.
A movimentação visa amarrar, pelo menos, 12 votos pró-Dourado e garantir situação confortável caso alguém rompa o acordo – 11 apoios são suficientes para eleger o tucano. Pelos cálculos de Lauro, a chapa governista teria, de imediato, adesão dos quatro parlamentares do PV – Albino Cardoso, Zé do Bloco, Milton Capel e Lúcio Araújo –, dos dois do PSDB – Zé Dourado e Atevaldo Leitão –, de três dos quatro representantes do PR – Talabi Fahel, Zezito e Reinaldo Meira –, além da peemedebista Cida Ferreira.
Para fechar a conta, o prefeito deve enquadrar os dois parlamentares do PRB: João Gomes e Ricardo Yoshio. O último rompeu com o Paço neste ano (intermediou criação da CPI da Saúde), mas já teria acenado bandeira branca ao prefeito.
Do outro lado, o PT se movimenta para impedir que o governo vença a briga pela mesa diretora, marcada para ocorrer no mês que vem. Pelos corredores do Legislativo, os petistas já admitem abrir mão de lançar candidatura própria para apoiar Célio Boi (PSB). O bloco da oposição é formado pelos seis integrantes do PT, os dois do PSB (Boi e Vaguinho do Conselho), Luiz Paulo Salgado (PR). Os nomes do PRB estão na conta da ala de contrários a Lauro.
Os oposicionistas já reconhecem a possibilidade de Yoshio ou João Gomes recuarem e fecharem com o governo. “Possível mudança de postura demonstraria o quão esses vereadores dependem de cargos no governo”, comentou um parlamentar.
PLANO B
Petistas já têm se movimentado diante da disposição de Lauro em intervir na disputa. Se a ação do prefeito fizer efeito, os oposicionistas dizem ter plano B para emplacar nova derrota ao Paço. Em 2013, o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), venceu a chapa bancada pelo governo, que tinha Boi como líder.
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