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Da série ‘nada se cria, tudo se copia’
Beto Silva
11/08/2016 | 07:00
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Às vésperas do início das campanhas eleitorais, começam a aparecer os logotipos dos candidatos a vereador e prefeito. Diante de tantas marcas nos mercados nacional e internacional, é preciso muita criatividade para escapar de cópias e plágios. Até o momento, dois casos de uso de elementos publicitários por políticos muito parecidos com os já existentes são mais latentes. O mandato do deputado estadual Atila Jacomussi (PSB), que concorre à Prefeitura de Mauá, lembra o da empresa de aviação Alitalia. O mesmo logo é usado para sua candidatura ao Paço. Já o representante do PT na corrida pelo Executivo de São Bernardo, Tarcisio Secoli, escolheu um ‘T’ semelhante ao da alemã Telekom, que inclusive patrocina o Bayern de Munique, time de futebol. Veja as imagens abaixo e tire suas próprias conclusões. Será que vão fazer planos de governo inovadores ou vão na linha do ‘nada se cria, tudo se copia’?

BASTIDORES

Lula em Santo André
O ex-presidente Lula (PT) estará na segunda-feira na Casa de Portugal, em Santo André, para participar da discussão sobre os dez anos da Lei Maria da Penha, sancionada por ele em 2006. O evento, organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), também terá presença da ex-primeira-dama Marisa Letícia (PT).

Sem mudança
Edinilson Ferreira dos Santos, o Edi, obteve 1.650 votos na eleição de 2012, quando disputou cadeira na Câmara de Santo André pelo PT pela primeira vez. Gastou R$ 65 mil. Média de R$ 39,40 por voto. Um dos valores mais baixos gastos entre os principais pleiteantes. Na ocasião, decidiu entrar na briga por uma vaga no Legislativo apenas três meses antes do pleito. Neste ano, promete campanha mais bem estruturada, mas sem exageros financeiros, como da vez anterior. “Não mudei minha rotina nesses quatro anos que se passaram. Continuei na minha luta, fazendo o que eu acredito”, frisa.

Olho nele
Edi começou a militar em movimentos sociais com 17 anos. Hoje, prestes a completar 36, tem um bom currículo na bagagem e tem despertado a atenção da comunidade e dos políticos. Da sociedade, positivamente, pois tem incentivado a transformação do local onde as pessoas vivem. Um dos projetos atuais é realizar mutirão, com a participação dos munícipes – “objetivo é mostrar que eles podem fazer a diferença sem o poder público” – e fazer com que lugares onde eram tradicionalmente usados para descarte irregular de lixo sejam transformados em locais de convívio coletivo. Organiza a limpeza e, posteriormente, muda a ‘cara’ do espaço, com grafite e outra intervenções culturais e urbanas. Também revitaliza quadras esportivas e praças. Dos políticos, negativamente, pois nesse meio impera a guerra de egos e incomoda o surgimento de novas lideranças, com ideias e atitudes diferentes. “Somos o ponto fora da curva na política. As pessoas acreditam na gente porque realizamos.”

Currículo
Servidor concursado do Semasa (onde é agente ambiental e foi diretor do setor de resíduos sólidos), Edi atuou no MDDF (Movimento de Defesa dos Direitos de Moradores em Favela), que apoia principalmente as lutas habitacionais. Foi eleito representante da juventude para a América Latina e Caribe na UN-Habitat (Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos), agência da ONU responsável por promover o desenvolvimento social e ambientalmente sustentável dos assentamentos, assegurando moradias adequadas. “Conheci o mundo. Foram muitos projetos com os quais convivi nessa troca de experiências”, diz.

Família
Edi tem história familiar curiosa. É casado com uma canadense. Sua primeira filha, hoje com 7 anos, nasceu no Canadá. Foi inscrita como número 1, do livro 1, no registro civil do consulado brasileiro em Vancouver, recém-aberto na oportunidade. Já seu filho mais novo, com três, nasceu em sua casa, em Santo André, e ele mesmo fez o parto – o casal é adepto do parto natural. 




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