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São Paulo treme e já admite cair para a Segundona no Brasileirão
Das Agências
26/08/2005 | 09:05
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O São Paulo está sentindo medo do rebaixamento. Com a certeza de permanecer pelo menos por mais uma rodada entre as quatro piores equipes do Campeonato Brasileiro, o time já admite a possibilidade de cair para a Segunda Divisão, mesmo sabendo que ainda tem todo o returno para se reerguer. Nos últimos 12 jogos, foi apenas uma vitória e a confiança desapareceu. Com ela, as frases de otimismo.

O técnico Paulo Autuori, que não cansou de dizer que a qualquer momento o Tricolor sairia desta situação, mudou seu discurso. "Ninguém pode fechar os olhos para o que está acontecendo. Não há mais espaço para explicações. Só nos resta lutar e jogar como guerreiros", disse o treinador, que até mesmo quando o assunto é sua demissão já não considera a pergunta tão descabida. "Sei que nenhum treinador tem prazo de validade. Por isso, nada no futebol me empolga demais e tão pouco fico com medo do que pode vir a rolar no futuro".

O superintendente do clube, Marco Aurélio Cunha, tenta levantar o astral demonstrando sua confiança em uma reação nas próximas rodadas da competição. "A nossa posição na tabela incomoda, sim. Porém, desespero nós não teremos jamais. Somos um time muito grande para isso. Acredito que naturalmente ficaremos em uma situação mais confortável nos próximos jogos", afirmou o dirigente.

O certo é que o desespero chegou. "Nossa margem de erro acabou. Não dá mais", disse o zagueiro Lugano. E isso, segundo ele, faz com que o time sinta dificuldades em jogar. "Na Libertadores, o São Paulo tinha um futebol agressivo e espontâneo. Hoje não jogamos mais assim. Há medo de errar e isso atrapalha muito", afirmou, além de reconhecer que o time ficou sem rumo após a derrota contra o Atlético-PR. "Antes, a gente se encontrava e dizia que precisava ganhar para começar a reagir e correr atrás da liderança. Agora não tem mais nada disso. Nós temos de pensar jogo a jogo, lutar muito e ir somando pontos. Um empate pode ser bom."

Ninguém se entende sobre como deve ser a reação. Júnior chegou a sugerir um banho de arruda para tirar o azar. Autuori confirmou que está cansado de falar na reação que não acontece. A diversidade das tentativas de explicação mostra que não há consenso sobre como reagir.

Amoroso, após o empate com o Fluminense, na quarta-feira, disse que todos os jogadores, inclusive ele, deveriam dar mais ao time, se esforçar mais para sair do rebaixamento. Algo que dá até calafrios em Christian. "De novo, não. Nem me fala nisso. Caí com o Grêmio, mas era muito diferente. Lá, a gente olhava e não via futuro. Aqui, o grupo de jogadores é bom. Não tem crise, todos estão unidos".




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