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Mauá: Damo ganha liminar contra Dias
Por Vinícius Casagrande
Da Redaçao
28/09/2000 | 00:20
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A Coligaçao Mauá Feliz, do candidato a prefeito Leonel Damo (PSDB), conseguiu nesta quarta uma liminar de busca e apreensao do jornal Mauá em Açao, material de campanha da Coligaçao Mauá Melhor, do prefeito licenciado e candidato à reeleiçao Oswaldo Dias (PT), que reproduziu reportagens veiculadas na imprensa sobre as denúncias de que Damo teria omitido e subavaliado parte de seu patrimônio em sua declaraçao de bens à Justiça Eleitoral.

Segundo o advogado da coligaçao, Edgar Denis, a liminar foi concedida pelo juiz eleitoral, Hélio Marques de Faria, porque o material teria ofendido o moral e a dignidade do candidato. A ofensa teria ocorrido em três frases publicadas no jornal da coligaçao: "Leonel é capaz de todas essas maracutaias", "Damo assume que é irresponsável" e "Vote na dignidade e derrote a mentira".

Segundo Edgar, o material é inverídico e foi editado para ressaltar tópicos que prejudicassem Damo. "Ele puxou apenas os tópicos que o interessava e ofendeu a moral do Leonel. Ninguém disse que ele foi irresponsável. Isso é uma mentira", disse.

O coordenador de comunicaçao da campanha de Dias, José Aparecido Barbosa, afirmou estranhar a liminar e disse que o material apenas reproduz o que havia sido divulgado na imprensa. "Apenas fizemos a reproduçao das reportagens. Estou até estranhando o fato de ser concedida essa liminar, já que nao alteramos nada do que foi publicado na imprensa", afirmou.

Quanto às frases que teriam ofendido a moral e a dignidade de Damo, Barbosa afirmou que foi uma leitura feita pela coligaçao sobre as declaraçoes feitas por ele. "Isso foi uma leitura das declaraçoes feitas por ele (Damo) aos jornais, de que nao sabe quem relacionou os carros e que nao tem controle dos bens. Ele mesmo assume que tem algumas coisas erradas e isso é uma irresponsabilidade", disse.

Barbosa afirmou que foram confeccionados cerca de 20 mil exemplares do jornal, distribuidos apenas no Centro. "Nossa intençao foi levar essa informaçao a quem nao tem acesso aos jornais que divulgaram o fato. Ao invés de se preocupar com um material que reproduz o que está na imprensa, ele deveria se preocupar em explicar a origem de sua riqueza e porque nao declarou todos os bens à Justiça Eleitoral", afirmou.

Essa é a segunda vez que a Coligaçao Mauá Feliz consegue uma liminar de busca e apreensao contra material de campanha da Coligaçao Mauá Melhor. A primeira ocorreu há cerca de uma semana por divulgaçao de representaçoes contra Damo. Segundo Edgar, o material estava pré-julgando os processos.




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