A partir do dia 1º de janeiro de 2017, o PT não terá vereadores na Câmara de Ribeirão Pires, quadro que se repete em 34 anos de história do partido na cidade. Único integrante da sigla no Legislativo atualmente, Renato Foresto (PT) ficou em quarto lugar no pleito à Prefeitura deste ano, com 4.490 votos, mas não conseguiu se eleger, apesar de ter estado à frente, inclusive, do atual prefeito, Saulo Benevides (PMDB), que se posicionou em sexto, com 1.616 adesões.

Desde 1982, a sigla tinha pelo menos um nome na Câmara. A primeira exceção veio quando, em 2008, a ex-prefeita Maria Inês Soares (PT), que governou a cidade entre 1996 e 2004, concorreu a uma vaga Casa ao mesmo tempo em que tentou lançar Mário Nunes (PT) à Prefeitura, mas fracassou em ambos os projetos. O PT alcançou seu ápice na cidade durante os dois governos da petista, quando o partido conseguiu fazer quatro vereadores na primeira gestão e três no segundo mandato.

Foresto lamentou o ocorrido. “Eu senti muito orgulho da minha campanha. Mais de 4.000 pessoas me deram voto de confiança sem eu precisar comprá-las, que acreditaram no projeto. Eu não esperava mais, sabia que ia ser muito difícil, mas eu fiquei muito chateado de não termos feito nenhum vereador. Senti por conta disso. Achei que, como a nossa chapa estava completa, a gente poderia atingir o coeficiente, mas houve muita coisa errada dentro do processo.”

A vida política, por outro lado, continuará a todo vapor, segundo o petista. “Eu sou um ator político da cidade, não tem como não me colocar. Estou disposto e mais forte ainda. Eu acho que dá para crescer na próxima eleição porque a gente vai continuar fazendo política independentemente de ter cargo ou não. Eu tenho plena consciência que tenho um papel agora de ajudar a construir uma coisa melhor porque falta muito na cidade para as pessoas entenderem que esse processo não pode ser da forma que foi: comprado.”