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Zagueiros marcam e recolocam Ramalhão no G-8 da Série A-2

Na estreia de Toninho Cecílio, Samuel Teram e Diogo Borges usam a cabeça para derrotar Mirassol

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
13/03/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Não podia ter sido melhor a estreia do técnico Toninho Cecílio no comando do Santo André. Com outra postura e marcando mais de perto o adversário, o time jogou bem e derrotou o Mirassol por 2 a 0, ontem, no Estádio Bruno Daniel e está de volta ao G-8 da Série A-2. A partida foi prestigiada pelo ex-meia Deco, do Barcelona e da seleção portuguesa, que agora é empresário de jogadores.

Com 21 pontos, o Ramalhão é o sexto e, mesmo que hoje, no complemento da 13ª rodada, o Barretos derrote o Penapolense e o Taubaté passe pelo Rio Branco, o time vai terminar a rodada entre os oito primeiros.

A mudança do Santo André começou pela escalação. Com três volantes – Tiago Ulisses, Dudu e Diogo Orlando –, o time impôs forte marcação ao Mirassol e não deixou o adversário, vice-líder, com 24 pontos, dar um único chute no primeiro tempo.

Do outro lado, apenas com Branquinho na articulação e com dois homens pesados à frente – Gilmar e Diego Viana –, o Ramalhão impunha velocidade, mas não criou grandes oportunidades de marcar.

As melhores chances foram em dois cabeceios perigosos do centroavante Diego Viana, em cruzamentos de Branquinho, mas que não foram no alvo.

Para o segundo tempo, Toninho Cecílio trocou Gilmar por Robson, que entrou muito bem. Com velocidade, criou ótimos momentos pelo lado direito e deu mais movimentação ao setor ofensivo. A defesa continuava bem postada, neutralizando o poderio do Mirassol.

Apesar do domínio, o Santo André só conseguiu balançar a rede em bola parada. Aos 13, o zagueiro Samuel Teram subiu entre dois marcadores e mandou para o fundo da rede.

O gol deu mais tranquilidade ao Ramalhão, que podia ter ampliado em dois chutes muito perigosos de Branquinho. Mas foi em outro escanteio, aos 39, que o zagueiro Diogo Borges cabeceou para o chão e viu a bola morrer no canto direito: 2 a 0.

Satisfeito com o placar, o Santo André segurou o ímpeto dos visitantes que se lançaram ao ataque, mas não ameaçaram em momento algum a tranquila vitória do Ramalhão. 

Defensor dedica gol a ídolo da torcida

O gol de Samuel Teram teve dois significados: contribuiu para abrir caminho para a vitória do Santo André e foi uma espécie de pagamento de dívida com os amigos do zagueiro, que é de Santo André e ouvia cobranças para balançar a rede.
 

 “Vinha sonhando com esse gol faz tempo. Tenho uma história no clube, não no futebol, mas na sede social do Jaçatuba, e o pessoal vinha cobrando, me encontravam na rua e pediam o gol. Consegui”, celebra Samuel.


O zagueiro dedicou o gol a um ídolo da torcida. “Havia prometido para um cara que foi muito importante para a minha infância: o Tulica. Ele foi meu professor por quatro anos e foi de cabeça. Aprendi a cabecear com ele. Esteja onde estiver está bem contente com o gol e a minha atuação”, comemorou, lembrando do maior artilheiro da história do Santo André com 63 gols e que morreu em 2012.

Outro que estava feliz era o estreante técnico Toninho Cecílio. “Foi uma ótima estreia porque foi contra um dos melhores times da Série A-2. Podia ter feito um primeiro tempo melhor, fui preocupado para o intervalo porque precisávamos ganhar. Mas o Robson entrou muito bem, fez o que eu pedi para ele, segurou o jogo e foi fundamental no resultado”, avaliou. “Vi muita atitude do time, precisa melhora, mas às vezes a vitória não vem com espetáculo, mas o importante neste momento foi vencer”, acrescentou Cecílio.



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