Com a expectativa de receber mais de 1.000 fotógrafos - amadores e profissionais - de todo o Brasil, o 2º Mega Meeting traz uma série de atividades gratuitas entre 29 e 31 de maio. São palestras, exposições, passeios e oficinas para quem deseja registrar as belezas de Paranapiacaba, a vila ferroviária do século 19, em Santo André.

Segundo a fundadora do Grupo Friends de Fotografia, Fabíola Medeiros, que também organiza o encontro, todos são bem-vindos: de profissionais que possuem máquinas de última geração a amadores que usam os próprios celulares. O objetivo é o intercâmbio de experiências entre os diferentes perfis. Basta se aproximar do grupo.

O 2º Mega Meeting terá início com uma apresentação de 12 vídeos feitos em slideshow já selecionados. "Prefiro que sejam curtos e dêem o recado. Os temas e estilos são bem diversos", explica.

O ciclo de palestras - que começa às 14h do sábado, 30 - apresentará temas como Direção de Arte em Fotografia e Olhar Fotográfico para Iniciantes, que incentivam o público a buscar uma identidade visual. "As pessoas se divertem porque veem os próprios erros escancarados na tela. No momento Fotomico, exibimos imagens que são tiradas no espelho do banheiro", conta Fabíola.

A atividade de encerramento será a Ambientação Fotográfica, uma boa pedida para quem deseja passar para o outro lado das lentes, vestindo figurinos de época como no apogeu de Paranapiacaba.

A ideia de trazer o encontro para a região surgiu quando o Friends recebeu um convite da ONG Sociedade de Cultura e Memória Ferroviária, que viu algumas fotos do grupo feitas em vagões de trem durante a primeira edição do evento, em Passa Quatro, Minas Gerais.

FRIENDS  - Criado em 2007, é um clube virtual com moderadores no Brasil inteiro e cerca de 1.200 integrantes, que se encontram para fotografar e trocar experiências. O grupo luta para conseguir parcerias de empresas, porque hoje a fonte de renda depende de trabalho e colaboração voluntária dos integrantes.

II Mega Meeting - Evento de fotografia. Dias 29 (a partir das 20h), 30 (das 8h às 20h) e 31 de maio (das 10h às 14h). No Clube Lyra Serrano - Rua Álvares de Azevedo, 450, Santo André. Tel.: (16) 9112-4381. Entrada franca.

(Supervisão Melina Dias)

Como chegar na Vila

Para chegar à Vila de Paranapiacaba, em Santo André, existem as seguintes opções de acesso.

Quem for de carro deve seguir pela Via Anchieta até o Km 29 (placa para Ribeirão Pires), entrar na SP 148 (Estrada Velha de Santos) até o Km 33 e pegar a Rodovia Índio Tibiriçá (SP 31) até o Km 45,5. Daí pegar a SP 122 até Paranapiacaba.

De trem, é possível ir até a Estação Rio Grande da Serra. O restante do percurso pode ser feito de ônibus (integração) ou táxi. O telefone para informações da CPTM é 0800-0550121.

Para quem prefere ir de ônibus, deve pegar carro da Viação Ribeirão Pires - linha 040 Paranapiacaba.

Os ônibus partem do Tersa (Terminal Rodoviário de Santo André) a cada 40 minutos a partir das 4h30 nos dias de semana e nos fins de semana a partir das 5h.

Uma opção mais rápida, dependendo do horário, é ir de trem até a Estação Ferroviária de Rio Grande da Serra e seguir o resto do trajeto de ônibus. Eles saem de Rio Grande a cada hora, a partir das 4h30.

Se houver interesse em passar o fim de semana na Vila Ferroviária, há opções de pousadas para todos os bolsos. Algumas famílias também alugam quartos. O ideal é pegar indicações no CIT (Centro de Informações Turísticas) no Largo dos Padeiros, Parte Baixa, ou pelo telefone 4439-0237.

Profissionais indicam precauções

Parte da equipe de fotografia do Diário compartilha algumas dicas para registrar a Vila de Paranapiacaba.

A editora Heloisa Ballarini afirma que o público deve se preparar para um ambiente úmido e frio. "Coloque um tênis que não escorregue e tenha uma blusa de manga comprida, além de guarda-chuva." A fotógrafa lembra que é bom evitar o flash ao clicar na neblina porque a luz pode estourar.

Levar repelente é a dica de Orlando Filho para quem planeja fazer passeios na mata - sempre com guias autorizados - porque há pernilongos. Já Nario Barbosa ressalta que é importante ter água potável e lanche na mochila durante as trilhas.