Parece brincadeira, mas não é. Tem um vereador que, para ganhar mais notoriedade pública, protocolou moção de pesar pela morte de um profissional liberal no Grande ABC. Acontece que o requerimento foi feito três dias antes do falecimento dessa pessoa. Não importam os nomes, até mesmo por respeito à família enlutada, mas tirar proveito desse tipo de sofrimento para ganhar divisas políticas é baixo demais.
A manobra só foi descoberta quando um nobre colega, informado sobre o falecimento, pediu à presidência da Câmara que protocolasse o requerimento, mas que o fizesse em nome de todos os parlamentares. Quão espanto ao ser informado que alguém já havia se antecipado e feito o pedido individual de moção. Assim agem nossos parlamentares: visibilidade sempre, independentemente da dor alheia.

Bastidores

De olho em 2010
O primeiro semestre deste ano mal chegou ao fim e tem político só pensando nos próximos pleitos eleitorais. Em São Bernardo, Frank Aguiar já não disfarça seu incômodo como vice-prefeito e começa a se articular para voltar à Brasília. O sonho de ser senador, pelo Estado do Piauí, vai ficar mais para frente. Em 2010 ele quer mesmo é ser eleito deputado federal e retornar à Casa onde era querido e prestigiado.

De olho em 2012
Já em Santo André, o PT começa a observar nomes para lançar à corrida pela Câmara e pela Assembleia, ao mesmo tempo em que tenta encontrar um candidato de peso para ser preparado com vistas à Prefeitura em 2012. A movimentação vai em direção de alguém que marcou presença no Legislativo municipal. Com isso, João Avamileno e Vanderlei Siraque estariam fora do páreo. O nome de Montorinho começa a ganhar força.

De olho nos dois
Já pelos lados do PSDB andreense, Paulinho Serra deve concorrer em 2010 à Câmara Federal. Cacifa-se politicamente, testa sua popularidade e sua base eleitoral e, em 2012, deve sair como candidato tucano à sucessão de Aidan Ravin, que, por enquanto, não sinaliza que foi picado pela mosca azul e que tentará a reeleição.

Troca de cortesia
O prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira, que também responde pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, está prestes a retribuir a visita que Geraldo Alckmin, secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, fez à cidade no começo do mês, quando o município completou 45 anos de fundação.

Como é?
O despacho assinado pela secretária de Assistência Social e primeira-dama de Mauá, Celma Dias, sobre a impugnação de uma das participantes do certame que contratará empresa que realize o recadastramento de famílias no programa Bolsa Família dá até nó na cabeça. Eis o texto do documento: "Acato o entendimento da Comissão de Pregão que passa a fazer parte integrante desta decisão para que o recurso apresentado (...) seja recebido dada a sua tempestividade, porém, no mérito ser acatado parcialmente, mantendo-se a sua inabilitação, por falta de amparo legal e por outro lado, acatá-lo com relação à inabilitação (...) uma vez que a referida empresa não comprovou através de seu atestado, a experiência exigida para o desempenho da atividade objeto do certame." Na tradução, vale dizer que a candidata foi impugnada. Ah, tá.