As duas vias da rua e o corredor de trólebus ficaram intransitáveis por cerca de meia hora. A inundação atingiu a altura de um metro. Alguns motoristas que tentaram atravessar a pista alagada ficaram pelo caminho com os veículos cheios de água.

O representante comercial Cícero Monteiro, 39 anos, vinha de São Mateus para Santo André na hora do temporal, pouco antes das 18h desta terça. No farol de acesso da rua Oratório para a avenida Presidente Costa e Silva, seu veículo desligou.

“Estava no meio da água quando meu carro morreu. Fiquei sem ação, e a água (ia) subindo. Então, resolvi tirar meu filho pequeno quando percebi que o carro iria encher”, afirmou ele, que estava com a mulher. O veículo teve de ser rebocado por um caminhão até um posto na esquina para sair da enchente. “Mandava os caminhoneiros empurrarem o carro, dizia que não teria problema se amassasse a lataria”, continuou Monteiro.

Alguns veículos atingidos pela cheia ainda permaneciam estacionados no posto na noite desta terça, horas depois da chuva. Os motoristas que não se arriscaram esperaram cerca de meia hora pelo escoamento da água. Houve congestionamento nas vias inundadas e nas ruas de acesso.

Uma fila de trólebus se formou nos dois sentidos do corredor, principalmente no sentido do terminal São Mateus. Houve pontos de alagamento também na continuação da rua Oratório, a avenida Adélia Chohfi, na capital.

“Eu estava no Parque das Nações quando o corredor de trólebus parou. Tive de descer a pé até as três divisas para poder chegar em casa”, disse o ajudante Ricardo Luiz, 23, que trabalha no Centro de Santo André. Por volta das 20h, o tráfego do trólebus voltou ao normal.