Memória Titulo Memória
Samuel e Alfredo.

Pai e filho Sabatini. A querida Dona Elisabeth. História registrada

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
04/09/2021 | 00:01
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Ao longo destas duas Semanas São Bernardo 2021, Alfredo Sabatini tem nos acompanhado. Além de ter relacionado inúmeras famílias da cidade, também deixou registros biográficos seus e do pai, Samuel Sabatini. E contou histórias comoventes. Hoje, uma delas, que fala de escravos, sofrimentos e a ação humanitária de Dona Elisabeth, sua mãe.

ENSAIO HISTÓRICO - VIII

Pesquisa: Alfredo Sabatini (em memória)

Samuel Sabatini (Itália, 1870 - Brasil, 1935) veio para São Bernardo em 1898, depois de viver dois anos em Campinas. Morou em Piraporinha, bairro dos Meninos (Rudge Ramos) e Centro, onde se instalou em 1908. Teve armazém no começo da Rua Marechal Deodoro, vizinho ao espaço hoje ocupado pelo Paço Municipal. A praça do Paço e todo o entorno ganharam o seu nome.

A família Sabatini testemunhou a existência, ao lado do seu armazém, de um casarão nos moldes das antigas fazendas, com senzalas e palanques onde os escravos eram castigados.

O casal Samuel Sabatini e Elisabeth Bechelli conheceu muitos ex-escravos e chocou-se com as marcas pelos corpos libertos provocados pelos castigos dos seus antigos senhores.

Elisabeth procurava amenizar as dores daqueles homens e mulheres, fazendo-lhes curativos, alimentando-os e ministrando-lhes ensinamentos de ordem familiar e religiosa. Batizou cerca de 400 deles, e ao falecer, em 1964, ainda alguns negros que os batizara quando meninos, na ocasião já homens, pranteavam a morte de sua protetora, chamando-a de madrinha e mãe.

PAI E FILHO. 

Alfredo Sabatini e o filho Alfredinho quando das comemorações, em 1985, dos 50 anos do Palestra de São Bernardo, clube do qual foi o idealizador e fundador: no gramado do Baetão, entre os jogadores do Palestra e do EC São Bernardo, o saudoso Alfredo Sabatini, todo elegante, ele que jogou nos dois times

Show de Rádio

Texto: Milton Parron

Estevam Victor Leão Bourroul Sangirardi nasceu em São Paulo em janeiro de 1923 e aqui mesmo faleceu em setembro de 1994. Ele foi não apenas um pioneiro do humor voltado para os personagens do futebol, como foi o melhor de todos. 

Com cerca de 50 anos dedicados ao rádio, dividindo o seu talento entre as rádios Jovem Pan, Record, Bandeirantes e Tupi, Sangirardi também atuou em televisão – Gazeta, Record e Tupi –, além do jornal Gazeta Esportiva. 

A sua mais famosa produção foi o Show de Rádio, que alavancava a audiência nas emissoras onde foi apresentado, normalmente nos intervalos e nos finais dos jogos. 

Escrevia o programa enquanto ouvia a irradiação de maneira que o programa era uma espécie de repetição dos lances principais, porém, com as pinceladas de humor que só ele e seu extraordinário time de intérpretes conseguiam dar. 

Zé das Docas, Lança Chamas, Didú do Morumbi, Noninha e comendador Fumagalli, Joca, Pai Jaú foram apenas alguns dos personagens que Sangirardi criou, cada um representando uma agremiação esportiva e que permanecem na memória dos torcedores assim como a rádio Camanducaia e as imitações caricatas de Fiori Gigliotti, Claudio Carsughi e muitos outros. 

O programa Memória deste fim de semana recordará vários trechos do Show de Rádio e apresentará uma entrevista que fiz com o extraordinário Estevan Sangirardi em 1989, onde ele conta muito de sua carreira, assim como da origem de vários de seus personagens.

EM PAUTA. Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9). O eterno Estevan Sangirardi. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 22h, ou após o futebol, com reprise no domingo às 7h e durante madrugadas da semana.

Diário há meio século

Sábado, 4 de setembro de 1971 - ano 13, edição 1631

GRANDE ABC – Região comemora a Semana da Pátria. Em Santo André, as escolas desfilaram ontem (3-9-1971) no Paço Municipal.

Em 4 de setembro de...

1976 – Comunicado da CTBC (Companhia Telefônica da Borda do Campo): a partir de hoje (4-9-1976) os assinantes de Eldorado não necessitam mais discar o algarismo 7 nas chamadas para São Paulo e área regional. Deverão discar, ditamente, o número do assinante desejado.

Cinema nacional lançava Xica da Silva. 

Santos do Dia

Moisés, o Profeta

Rosália (1125-1160). Viveu em Palermo, Itália. Faleceu com 30 anos de idade. É venerada como a padroeira da cidade.

Municípios Brasileiros

Em São Paulo, hoje é o aniversário de Santa Rosa de Viterbo. Elevado a município em 1910, quando se separa de São Simão.

Pelo Brasil, celebram aniversários em 4 de setembro: Buriti dos Lopes, Gilbués e Simplício Mendes (Piauí); Ceres (Goiás); Dois Irmãos do Tocantins; Pau dos Ferros (Rio Grande do Norte); Paulista (Pernambuco); Potengi (Ceará); e Reserva do Iguaçu (Paraná).




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