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O fim de um governo despreparado
Do Diário do Grande ABC
09/08/2021 | 00:01
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Bolsonaro foi eleito com a promessa de que a ‘mamata’ acabaria e que a corrupção era coisa do passado. Infelizmente, 55% da população acreditou em mais uma falácia do então candidato e deu voto de confiança em outubro de 2018. A máscara não demorou a cair. Hoje o ex-capitão e seu governo são rejeitados pela ampla maioria dos brasileiros e brasileiras. Depois de defender a ineficaz cloroquina no combate à Covid-19, ser contra medidas de isolamento e até mesmo ao uso de máscaras faciais, Bolsonaro agora faz coro pelo voto impresso. É retrocesso de décadas e desculpa para a iminente derrota em 2022.

Pesquisa Datafolha revelada na primeira semana de julho não traz nenhum motivo de alegrias para o presidente. A reprovação foi a 51%, a maior desde o início do governo. A maioria dos brasileiros (54%) já defende seu impeachment, mais da metade dos entrevistados (55%) nunca acredita no que Bolsonaro fala e outros 63% o consideram despreparado para liderar o País. Outro fator importante é que 70% dos eleitores acreditam que há corrupção em seu governo. Seu péssimo governo, que já vitimou fatalmente mais de meio milhão de brasileiros por falta de ações efetivas contra a pandemia, pela demora na vacinação e pelo negacionismo, tem sido desmascarado na CPI da Covid no Senado Federal. Escândalos de corrupção envolvendo a compra de vacinas são apenas a ponta do iceberg.

Para piorar, o Brasil não decola economicamente. A população já passa fome e retorna à miséria, que havia sido extinta nos governos Lula e Dilma. O lunático ministro Paulo Guedes só fala em privatizar e vender as estatais, mas nenhuma medida tomada por ele desde janeiro de 2019 ajudou os brasileiros mais necessitados. O bolso da população também está vazio. O etanol ultrapassa R$ 4, a gasolina chega a R$ 5,50, o gás de cozinha não é vendido por menos de R$ 80 e a conta de energia elétrica não para de subir. Tudo isso sem contar produtos básicos como arroz, feijão, carne e outros itens que os brasileiros puderam comprar tranquilamente nos governos petistas.

Enquanto o povo sofre com governo irresponsável, a esperança com Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência começa a crescer. Na mesma pesquisa Datafolha o ex-presidente venceria Bolsonaro em eventual segundo turno por 58% a 31%, quase o dobro. Só Lula pode salvar o País e colocá-lo novamente nos eixos. Foi em seu governo que nossa imagem era respeitada lá fora, a população tinha poder de compra e o pobre teve voz e vez. Que essa turma negacionista deixe o Brasil em paz. Nosso povo já está sofrendo muito com tanto descaso, tanta irresponsabilidade e tanta omissão de um despreparado na Presidência. 

Luiz Fernando Teixeira Ferreira é deputado estadual (PT-SP).

Atrasado

Semana passada li neste Diário reportagem que dizia que o prefeito de Mauá quer multar quem fizer pancadão na pandemia (Política, dia 3). Cômico se não fosse trágico. Talvez ele estivesse hibernando todo esse tempo e não viu o ‘bonde passar’. Será que o alcaide se atentou só agora que estamos em pandemia? Deveria ter tomado essa decisão bem antes! Já estamos em quase dois anos de confinamento, as restrições acabam dia 17 e só agora ele resolveu agir? Mauá, infelizmente, é a cidade que mais infringiu a lei nesse sentido na região quiçá no Estado todo e até no Brasil inteiro. Tem festa clandestina não somente nos fins de semana, mas quase todos os dias, basta dar uma ‘voltinha’ pelo município, especialmente nos bairros periféricos, e será bem fácil ver isso. E só agora o prefeito achou que deveria acabar com a bandalheira? Parabéns, prefeito. Como diz a molecada, antenado, no time (tempo)!

Manoel Cunha
Mauá

Envergonhando

Enquanto em São Paulo ocorria a reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, aberto depois de cinco anos de reforma após destruição por incêndio, que contou até com a presença do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, e de outras personalidades não menos importantes, o nosso presidente participava de passeio de moto. Isso mostra o tamanho da sua preocupação com a cultura. Se bem que acho exagero cobrá-lo quando se trata de cultura. E que diplomacia com chefe de outro país. Não é à toa que somos motivo de chacota mundo afora. Esse sujeito sempre envergonha o País.</CS>

Jane Suzana do Prado
Ribeirão Pires

Demagogia

Faço minhas as palavras da leitora Silvia Maria Silvério (Falácias, ontem). E ainda acrescento: além de comediantes – de péssima qualidade, diga-se –, vereadores de Santo André são demagogos. Concordo com Ricardo Alvarez e Pedro Awada. De nada adianta CPI para investigar a Enel, porque sabemos que já nasce morta. Essa empresa vem prejudicando muita gente há muito tempo e nada de frearem ela. Tem de ir mais fundo, algo que possa causar algum impacto, recorrer mesmo a órgãos reguladores dessas concessionárias. É absurdo o aumento de valor nas contas com a única explicação sendo ‘bandeira vermelha’! Essa empresa manda e desmanda e somos obrigados a aceitar tudo. Senhores vereadores, que tal serem um pouquinho só prestativos? Chega de blá-blá-blá. Não enganam mais. Não gostamos de vocês, apenas os aturamos porque somos obrigados. Então, enquanto estão ‘mamando’, façam por merecer.

Gilmar Tefé
Santo André

Medalhas

Foi muito bonito ver a empolgação dos narradores da TV todas as vezes em que o Brasil ganhava alguma medalha nesta Olimpíada de Tóquio. Eles tentavam passar alegria – com exceções, claro –, gritavam, vibravam, inventavam bordões, faziam o seu papel. E nós, sempre torcedores – eu, por exemplo, vibro cada vez que tem um brasileiro em disputa, em qualquer esporte, nos mais diversos campeonatos, até modalidades às quais não conheço as regras –, vamos junto, nos alegramos e por algum tempo até esquecemos de outras coisas. Em êxtase! Mas, analisando friamente, o Brasil, do tamanho que é – muito maior que boa parte das outras nações que disputam os Jogos Olímpicos –, com a população que tem, com a riqueza que possui, não deveria se contentar com tão pouco. Estamos comemorando 20 medalhas! Tem atleta estrangeiro com mais medalhas de ouro do que todas juntas do Brasil. É preciso mudar isso. Faltam investimentos e interesse de transformar o País em potência esportiva, porque espaço, dinheiro e material humano não nos falta. 

Agostinho Maola
Mauá

Campeão

Se o COI (Comitê Olímpico Internacional) resolver ajudar o Brasil a conquistar mais medalhas, basta inserir na Olimpíada a modalidade ‘País que mais aumenta preços’. Seríamos campeões com facilidade: aqui tem aumento do preço da gasolina – toda semana –, da carne, do gás, arroz, feijão, frango, ou seja, do custo de vida. Iria faltar pódio para colocar tanto brasileiro, porque nunca passamos por situação tão desesperadora como agora. Estamos entregues, sem perspectiva de melhora. Socorro! 

Madson Marques
Diadema

Briguinhas

Essa briga entre o presidente da República e os ministros tanto do STF (Supremo Tribunal Federal) quanto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não é boa para ninguém. Ao contrário. É péssima para a democracia brasileira, vergonhosa, e demonstra o quão desorganizado politicamente é o País, infestado de gente rancorosa, infantil até. Bolsonaro ataca Alexandre de Moraes, e diz que ‘a hora dele vai chegar’, já antecipando que as desavenças estão longe do fim, enquanto o ministro é o relator do inquérito das fake news, e pode complicar a vida do presidente ainda mais. Também disse que são ‘ameaças vazias e agressões covardes’. O presidente também ataca Luís Roberto Barroso, que é contrário à adoção do pré-histórico voto impresso, prioridade de Bolsonaro, que é acompanhado por seus seguidores nessa batalha. Ainda diz que Barroso tem complô para eleger Lula à Presidência em 2022. Assim segue o País, à deriva, enquanto os comandantes brincam de briguinha. Estamos prestes a nos livrar da pandemia de Covid. E quando nos livraremos desses políticos que aí estão? Sugiro alijá-los nas próximas eleições. Todos eles.

Lúcia Bárbara Moreira
Diadema




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