A Prefeitura de Mauá anunciou ontem a contratação de 83 médicos para trabalharem nas três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da cidade: Vila Magini, Vila Assis e Zaíra.

As reclamações dos usuários sobre a falta recorrente de médicos acontecem desde a inauguração das unidades. A primeira delas foi entregue em dezembro.

São 21 clínicos gerais e oito pediatras para a unidade da Vila Magini, 14 clínicos e 16 pediatras para a UPA Vila Assis, e outros 13 clínicos e 11 pediatras para atuarem na UPA do Jardim Zaíra.

Outros dez médicos serão contratados para completar o quadro. Antes eram 69 médicos. Os profissionais atuam em esquema de plantão e não precisam, necessariamente, estar todos os dias nas mesmas unidades. A administração informou que os médicos já começaram a trabalhar. O salário varia conforme a carga horária e a área de atuação. Para 40 horas semanais, a remuneração é de R$ 10.679, mais R$ 200 de bônus.

Segundo preconiza o Ministério da Saúde, as UPAs tipo 2 devem ter, no mínimo, dois pediatras e dois clínicos gerais 24 horas. Está em andamento também o concurso público que irá contratar 71 médicos para as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Entre as especialidades estão ginecologia, pediatria, clínica geral, pneumologia, infectologia e psiquiatria.

No fim de março, a Prefeitura deu início ao processo de descentralização do atendimento na rede de emergência. Duas das especialidades mais procuradas no Hospital Nardini, clínica-médica e pediatria, deixaram de atender. Toda a demanda foi remanejada para as três UPAs do município, que na época já apresentavam falha no atendimento. A Prefeitura chegou a admitir que não havia médicos para trabalhar aos sábados. 
Antes, cerca de 1.000 pacientes eram atendidos diariamente no pronto-socorro do Nardini. Com a alteração, a procura caiu pela metade.

O Grande ABC conta atualmente com 11 UPAs. Outras oito estão em construção. São três em São Bernardo, duas em Santo André, uma em São Caetano, uma em Mauá e outra em Ribeirão Pires.