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Cidades fazem busca ativa para diminuir atraso na segunda dose

Evasão, que há 15 dias afetava 5,7% de quem tomou a primeira dose, caiu para 1%

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
27/04/2021 | 00:01
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DGABC


Após atingir 14 mil pessoas que estavam com a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 atrasada, as cidades do Grande ABC intensificaram a busca ativa para que os munícipes que receberam a primeira dose voltassem para completar o esquema vacinal e ficar protegido contra as ações do novo coronavírus. 

O Diário mostrou em 13 de abril que, somados os dados de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires – as demais cidades não responderam –, 5,74% de quem tomou a primeira dose estava com a segunda em atraso. O índice caiu para 1% quando são somados, agora, os números de São Caetano, Diadema e Ribeirão, que foram as únicas que responderam aos questionamentos até o fechamento desta edição.

Coordenadora de biomedicina da Estácio Conceição, Alessandra Roggerio explicou que quando um indivíduo toma a primeira dose de uma das vacinas contra a Covid, seu sistema imune é ensinado a apresentar resposta ao vírus. A segunda dose é um reforço desse aprendizado, que busca garantir a eficiência da proteção.

Alessandra alerta que pessoas que tomaram apenas a primeira dose correm o risco de desenvolver a forma grave da doença, caso sejam contaminadas. “É muito importante completar o esquema vacinal”, reforçou. “Não temos dados do que acontece com quem toma apenas uma dose, mas podemos imaginar que se o atraso for muito grande, pode-se perder todo o efeito de proteção”, completou.

Infectologista do Grupo Pardini, Melissa Valentini complementou que, além da campanha contra a Covid, ocorre no País a imunização contra a Influenza (gripe), doença que também coloca em risco os grupos vulneráveis. “Quanto mais demorar para completar o esquema vacinal contra a Covid, mais essas pessoas vão demorar para estar protegidas contra a gripe”, concluiu.

As cidades informaram que estão reforçando a busca ativa junto ao cadastro de todos os pacientes da rede que estão com segunda dose em atraso. Em São Caetano, são 1.395 pessoas nessa condição, sendo 1.227 que tomaram Coronavac e 168 a Oxford/Astrazeneca. O número equivale a 3,3% de todos que tomaram a primeira dose na cidade.

Em Diadema, o número de pessoas com dose em atraso caiu de 8.000 para 3.137, passando de 21,4% para 6% daqueles que receberam a primeira dose da imunização. Em todos os casos, as pessoas tomaram a Coronavac. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) estão entrando em contato com os moradores da sua área de atuação, abrindo aos sábados, a cada 15 dias, para vacinação contra a Covid.

Ribeirão também registrou queda no número de pessoas com a segunda dose em atraso, de 253 para 88 pessoas com a segunda dose em atraso, número que não chega a 1% entre todas as pessoas que tomaram a primeira dose.

Santo André e São Bernardo não informaram quantas pessoas estão com a segunda dose em atraso, mas garantiram que têm intensificado a busca ativa nas cidades. Mauá e Rio Grande da Serra não responderam até o fechamento desta edição.




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