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Conselho rejeita mudar o estatuto do Azulão

Nenhuma proposta para alterar documento, datado da fundação do clube, passou em reunião

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
09/02/2021 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


A reunião convocada pelo conselho deliberativo da AD São Caetano com objetivo de discutir mudanças no estatuto da entidade terminou sem resultado efetivo. Presidente do conselho, Antônio de Pádua Tortorello informou que nenhuma das propostas levadas ao encontro virtual realizado na noite de ontem foi aprovada, o que, na prática, mantém a documentação datada da fundação do clube, em 1989.

Segundo Pádua, as propostas no intuito de dar aos conselheiros mais detalhes do funcionamento do São Caetano não passaram na votação. Ele disse que as alterações visavam modernizar o clube.

“Foram propostos que os 200 sócios remidos pudessem votar, foi negado; que os sócios com dois anos, quites com os cofres da agremiação, pudessem votar, mas foi negado também; quis passar o mandato de quatro para três anos, com somente uma reeleição, mas foi negado; que em caso de ficar sem presidente e vice em outra ocasião (como agora; o Azulão está sem uma pessoa à frente do clube desde maio de 2020), quem assume é o presidente do conselho, foi negado. Enfim, todas as propostas para dar transparência ao clube foram negadas. Para mim foi frustrante. Não quiseram dar transparência. Então fica tudo como está”, lamentou o líder do conselho.

O atual estatuto não prevê que os conselheiros tenham participação ativa. Desta maneira, ficam alheios às mais diversas situações. “Precisava dar transparência ao clube. A (ex-)patrocinadora deve R$ 40 milhões, foram vendidos jogadores, foi vendido o sub-20 e os sócios conselheiros não sabem nada do que acontece. Mas, mesmo assim, não foi dada transparência”, insistiu.

Assim, só os 20 conselheiros podem votar para eleger a próxima diretoria do São Caetano. A ideia era que o pleito fosse apenas após o Paulistão. Entretanto, Pádua marcou a eleição para 8 de março. “Quem quiser concorrer tem até cinco dias antes para entregar chapa da diretoria na secretaria”, explicou o presidente do conselho, que negou concorrer ao posto. “Não quero saber disso.”

A única mudança estatutária, sendo esta obrigatória, será a inclusão de artigos que a Lei Pelé determinou que fossem acrescentados. “Elas darão responsabilidades para presidente e diretores. Se houver qualquer coisa errada, respondem com os próprios bens”, explicou Pádua. 




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