Setecidades Titulo Na teoria e prática
PM simula atuação em caso de atirador em escola

Corporação usa figurante e sons para deixar cenário parecido com o da tragédia de Suzano, em 2019

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
15/10/2020 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Agentes da 2ª Companhia da Polícia Militar de Santo André, que integram o 10º BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano), participaram ontem de treinamento intensivo sobre atiradores ativos em Santo André. A capacitação também relembrou tragédias dentro de escolas, como o caso na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, em março do ano passado, quando os jovens Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, invadiram o colégio, mataram oito pessoas e se mataram. Outras 11 vítimas ficaram feridas na ocasião.

O treinamento de ontem foi realizado na Escola Estadual Professor Rener Caram, localizada na Vila Palmares, que foi preparada com cenários impressionantemente reais para simular situações bem parecidas com a vivida no ano passado em Suzano. Antes da parte prática, a primeira turma do efetivo, com pelo menos 30 agentes, participou de três horas de curso teórico com vídeos de casos no Brasil e nos Estados Unidos. Depois teve três horas de treino no qual os profissionais foram divididos em grupos para simular operação no local.

O capitão da 2ª Companhia, Joel Lemos, destaca que estas ocorrências não são muito frequentes quanto no Exterior, porém, é necessária a capacitação observando os casos que já ocorreram no Brasil. “Ainda não tínhamos realizado um treinamento como este, então, é fundamental que eles possam conhecer estes casos na teoria e treinar na prática, lembrando que a nossa missão é preservar as vidas que correm risco”, comenta.

Para a capacitação ficar mais próxima do real, pelo menos dez figurantes participaram da encenação, sendo nove possíveis alunos ou funcionários feridos e o protagonista da ação, que fez o papel do atirador. Sons de tiros e gritos foram acionados durante o treinamento e até mesmo um chamado de um civil para o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) no intuito de solicitar equipe ao local do possível ataque foi simulado.

A prática foi coordenada pelo capitão do 20º BPM de Alphaville, Guilherme Boldrini, que já realizou treinamentos sobre o tema no Texas, nos Estados Unidos, para importar a prática aos batalhões brasileiros. “Conseguimos trazer um pouco dessa doutrina norte-americana hoje (ontem), deixando os policiais mais familiarizados com a situação, em que, quando se depararem com um caso, já estão capacitados para agir”, detalha Boldrini, que ao lado do efetivo de treino direcionaram toda a ação.

O curso vai continuar no dia 21 com a participarão de outros 30 agentes do batalhão. A ideia é que todos os profissionais passem pela capacitação. 




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