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UBSs de Ribeirão Pires sofrem com a falta de medicamentos

Há pelo menos um mês, cinco unidades de saúde da cidade estão sem remédios para o tratamento de diabete e hipertensão

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
22/09/2020 | 00:01
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As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de Ribeirão Pires estão sofrendo com a falta de medicamentos há pelo menos um mês. Os remédios para tratamento de doenças como diabete, hipertensão, reumatismo e insuficiência cardíaca estão na lista dos itens em falta e, de acordo com as unidades e a Prefeitura, não há previsão para regularizar a situação.

A equipe de reportagem do Diário fez contato com pelo menos cinco UBSs do município – Jardim Guanabara, Vila Sueli, Centro Alto, Central e Santa Luzia – e todas confirmaram a escassez de medicamentos no estoque. Apenas a UBS Centro Alto destacou que era necessário conferir pessoalmente a lista dos remédios em falta, mas atendentes de todos os locais ressaltaram que, geralmente, o abastecimento é feito de forma coletiva, ou seja, se uma ainda não recebeu, provavelmente as demais também não tenham recebido.

Os remédios básicos em falta são dexametasona pomada, para tratamento de doenças de pele, principalmente as alérgicas; metformina 850mg, utilizado para tratamento de diabete tipo 2; losartana 50mg, importante para cuidar de hipertensão ou doenças como insuficiência cardíaca; e hidroclorotiazida, medicação comum para tratamento de hipertensão arterial e inchaço.

Pelas redes sociais, usuários questionam sobre a demora na reposição dos fármacos e avaliam que os investimentos da administração municipal não estão sendo utilizados de forma correta para solucionar estes problemas. Em farmácias populares, o valor desses medicamentos pode variar entre R$ 5 e R$ 15.

A secretária Luana Teixeira, 28 anos, conta que ajuda a avó, que teve o nome mantido em sigilo pela neta, mas que é usuária da UBS Jardim Guanabara, a comprar losartana para não precisar interromper o tratamento. “Acho que a UBS vem para facilitar nossas vidas, principalmente a dos aposentados. Mas com todos esses problemas, a função acaba sendo o contrário. Hoje, tanto minha vó quanto nós, conseguimos comprar os remédios, mas até quando isso?”, reclama Luana.

Questionada, a Prefeitura de Ribeirão Pires esclareceu que o medicamento losartana, utilizado pela avó de Luana, teve sua produção suspensa pelo fabricante em janeiro deste ano. “Os pacientes que faziam uso desta medicação devem buscar a unidade de saúde para que o médico avalie o quadro e prescreva outro medicamento”, explica a administração, em nota.

Já com relação à hidroclorotiazida, a Prefeitura informou que os itens de 25mg não estão disponíveis, mas seguem em processo para a compra. Porém, há disponibilidade de unidades de 50mg, que vêm com a marcação para corte – pode ser dividido ao meio e utilizado, como é orientado pelas equipes médicas da saúde. Em relação à metformina e à pomada dexametasona, a Prefeitura informa que realiza processo para a compra dos itens. 




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