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Vilma Martins é condenada a 8,8 anos de prisão
Do Diário OnLine
26/08/2003 | 00:20
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A empresária Vilma Martins, presa em Goiânia por conta do envolvimento no seqüestro de dois bebês recém-nascidos, foi condenada nesta segunda-feira a oito anos e oito meses de prisão. A condenação se refere a apenas um dos raptos e o período da pena será cumprido em regime semi-aberto – ela terá que dormir na prisão. A advogada de Vilma, Rosângela Magalhães, informou no início da noite que vai entrar com recurso contra a decisão.

A sentença foi anunciada pelo juiz da 10ª Vara Criminal do Estado, Adagmar José Ferreira. Segundo ele, o crime de seqüestro foi desclassificado, porque Vilma não teve intenção de pedir resgate, apenas de criar o menor como filho próprio.

Assim, foram considerados apenas os crimes de subtração de incapaz - pelo qual a empresária foi condenada a um ano e oito meses - parto suposto e falsificação de documentos, pelos quais ela pegou pena de três anos e seis meses para cada. Vilma será transferida para um presídio vizinho à Casa de Prisão Provisória (CPP) de Goiânia, em Aparecida, onde estava presa desde o início de maio.

O caso a que se refere a sentença é da subtração do hoje adolescente Pedro Braule Pinto, conhecido por Pedrinho, raptado em Brasília. O caso foi descoberto no ano passado, quando um exame de DNA revelou que ele não era filho legítimo de Vilma. O menino foi pego do hospital Santa Lúcia, no Distrito Federal, cerca de 12 horas depois de seu nascimento. Desde então, os seus pais biológicos, Jayro e Maria Auxiliadora Tapajós, travaram uma intensa busca pelo filho raptado.

Num primeiro momento, a empresária negou que Pedrinho não fosse seu filho legítimo, mas depois admitiu a adoção. Defendeu-se dizendo que não tem qualquer tipo de envolvimento com o seqüestro e disse que seu marido, falecido há dois três meses, vítima de câncer, recebeu a criança de um gari.

Outras acusações - Vilma Martins também será julgada em outros dois casos. O primeiro é o seqüestro Roberta Jamilly. Nesta ano, a polícia descobriu que a jovem também não é filha legítima da empresária. Assim como Pedrinho, ela foi levada da Maternidade de Maio, em Goiânia, logo após seu nascimento, no dia 4 de março de 1979. A mãe biológica de Roberta é Francisca Maria da Silva, que deu à filha o nome de Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva.

Além de subtração da menor, Vilma também está sendo acusada pela falsificação de uma procuração do marido, Osvaldo Borges, para agir em nome dos dois filhos supostamente seqüestrados: Pedrinho e Roberta Jamilly. A previsão é de que sentença para os dois casos saia até o final de setembro.




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