Saiu a lista dos indicados do segundo semestre para concorrer ao Prêmio Shell de Teatro de 1999 em nove categorias: autor, diretor, ator, atriz, cenógrafo, trilha sonora, iluminador, figurinista e categoria especial. Uma lista que nao deve causar polêmica, uma vez que nao traz grandes surpresas. Dois vencedores do prêmio da Associaçao Paulista de Críticos de Artes (APCA) têm chance de repetir a dose no Shell: Antunes Filho, indicado como diretor por Fragmentos Troianos, com Jorge Takla por Ultimas Luas e Antônio Fagundes, como ator, pela mesma peça, disputando com Walter Breda por A Arte da Comédia.

Os vencedores, escolhidos entre os indicados nos dois semestres, quatro por categoria, receberao o troféu em forma de concha do escultor Domenico Calabroni no início do ano, além de um prêmio em dinheiro no valor de R$ 3.500,00.

Criado há dez anos, o Prêmio Shell contempla, a cada ano produçoes do Rio e de Sao Paulo, onde o júri é integrado por Maria Lúcia Candeias, Maria Lúcia Pereira, Celso Curi, Silvana Garcia e Aimar Labaki.

Jorge Takla foi o artista que mais recebeu indicaçoes: três categorias pelo mesmo espetáculo, Ultimas Luas. Além da direçao, foi citado pela cenografia - com Daniela Thomas e André Cortez por Pai - e pela iluminaçao com a dupla Davi de Brito e Robson Bessa por Navegadores.

As atrizes Denise Weinberg e Débora Duboc foram indicadas por A Arte da Comédia. Escolha que promete dar dor de cabeça ao júri é a da categoria autor: concorrem Samir Yazbek pelo ótimo texto de O Fingidor, cuja montagem mereceria voltar ao cartaz, e Luís Alberto de Abreu, por Till Eulenspiegel. Indiretamente, Abreu pode considerar-se indicado também na categoria especial, uma vez que ele é o autor das peças do projeto Comédia Popular Brasileira, que valeu uma indicaçao especial para a Fraternal Cia. de Artes e Malas-Artes patrocinada pela Siemens. Na mesma categoria, está indicada Ariela Goldman pelo trabalho de preparaçao corporal.