Ao chegar ao plenário da Câmara, Pinheiro Landim, que assume seu quarto mandato, disse que “continuará na Câmara e enfrentará qualquer processo” contra ele, desde que tenha “acesso aos autos” de seu processo. Landim, acusado de envolvimento no esquema de venda de habeas-corpus para beneficiar traficantes de drogas, havia renunciado ao mandato anterior no começo de janeiro, para escapar da cassação.

Com a renúncia, o deputado pôde assumir o novo mandato neste sábado, já que havia sido reeleito nas eleições de outubro passado. Landim ainda disse que espera que o novo presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP) não instaure um processo “fascista” contra ele. No mês passado, Cunha defendeu a reabertura do processo pedindo a cassação do deputado cearense.

Já Jader Barbalho, acusado de participação no esquema de fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), renunciou ao mandato de senador e se elegeu deputado pelo Pará nas últimas eleições. Jader disse que “não está preocupado” com possíveis pressões que sofrerá na Câmara.

Caso parecido é o do deputado José Roberto Arruda (PFL-DF), que renunciou ao mandato de senador em 2001, acusado de envolvimento no escândalo de violação do painel de votação no Senado. Segundo ele, sua volta ao Congresso tem grande peso em sua vida e lhe dá “coragem para dar a volta por cima” e errar menos. Arruda foi o deputado federal mais votado em Brasília, com 305 mil votos.