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Santo André pode reabrir Centro do Trabalhador
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
31/03/2006 | 07:58
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A Prefeitura de Santo André conseguiu acalmar os ânimos do Sindicato dos Metalúrgicos. Quinta-feira, o governo abriu negociação com a classe a fim de encontrar uma solução para a questão do Centro de Solidariedade ao Trabalhador, fechado recentemente sob orientação do Ministério do Trabalho.

Segundo o secretário de Governo, Mário Maurici, Prefeitura, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e sindicalistas se reunirão hoje para tentar encontrar um caminho e garantir que os serviços continuem sendo prestados na cidade pelo posto que funcionava na sede do próprio Sindicato dos Metalúrgicos. "Se houver consenso entre as partes, faremos uma minuta de convênio que será enviada à Câmara para aprovação ou não dos vereadores", diz.

A bronca do Sindicato dos Metalúrgicos, que quinta-feira levou cerca de 200 pessoas para as ruas e lotou a Câmara a fim de protestar contra o fechamento do Centro de Solidariedade, é que o Executivo estaria sendo passivo em relação ao assunto. "Falta determinação para resolver o problema. Fico pensando se há motivação política, pois precisamos de um convênio com a Prefeitura para continuar funcionando, mas o governo se recusa a fazê-lo", afirma Adonis Bernardes, secretário-geral do Sindicato – ele também reclama que o PT estaria preocupado apenas com o posto mantido pela CUT, entidade ligada ao PT, que não sofreu sanções por conta da determinação do Ministério do Trabalho.

"Caso o governo não consiga manter o atendimento nos moldes existentes hoje (com os dois postos em funcionamento), ao menos tentaremos garantir que o processo continue em Santo André com a participação destas forças (CUT e Força Sindical). O objetivo é garantir as duas estruturas", ressalta Maurici.

Depois de mais de uma hora de reunião no Paço Municipal em que a imprensa foi barrada, mas que contou com a participação de uma comissão formada por cinco representantes do Sindicato e outra por nove vereadores, o Sindicato dos Metalúrgicos saiu satisfeito. "Entendemos que há uma possibilidade de solução do caso", diz Bernardes.

Quem não gostou muito do encontro foi o vereador Carlos Ferreira (PDT). "É evidente que o encaminhamento será feito em prol da CUT. Quem não quer enxergar isso é porque é cego. Acredito que o governo tentará um acordo porque está sob pressão", aposta.




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