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Invasão chinesa

Caoa deverá produzir carros da Changan nas instalações da Ford em S.Bernardo; JAC anuncia elétricos

Por Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
06/09/2019 | 07:00
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Divulgação


As principais notícias da semana no campo automotivo têm como pano de fundo marcas chinesas. No Grande ABC, o Grupo Caoa, que monta e comercializa os veículos da Chery, encaminhou a compra da planta de São Bernardo da Ford. Em âmbito nacional, a JAC Motors anuncia a entrada de cinco modelos 100% elétricos em sua gama de produtos.

A indústria automobilística chinesa, que em um passado recente se notabilizou pela imitação de modelos desenvolvidos por montadoras consagradas, deu o passo à frente. Deixou de apostar nos chinglings para apresentar carros mais confiáveis e com vasta oferta de tecnologia embarcada.

Essa mudança, associada a uma estratégia agressiva de marketing, tem despertado o interesse dos brasileiros. Prova disso é que nos primeiros oito meses deste ano foram vendidos no País 13.656 carros de marcas chinesas, sendo 12.060 fabricados pela Chery e outros 1.296 pela JAC.

O número de emplacamentos está longe de marcas atingidas por fabricantes mais enraizadas no Brasil. A Fiat, por exemplo, comercializou 132.872 unidades, mas já faz frente a outras fabricantes tradicionais. Foi superior ao da Peugeot (11.745) e próximo da Citroën, que acaba de completar 100 anos de existência e que entregou 16.219 carros entre os meses de janeiro e agosto.

CONCORRÊNCIA EM CHOQUE
Neste mês a JAC Motors promete dar um choque nos concorrentes, ou como definiu seu presidente, Sérgio Habib, “começar a reescrever a história da mobilidade no Brasil”, com a apresentação de cinco veículos totalmente elétricos, sendo três SUVs, (iEV20, iEV40 e iEV60), uma picape (iEV330P) e um caminhão para até seis toneladas (iEV1200T). O iEV40 já está à venda desde maio deste ano, pelo preço de R$ 153,5 mil.

OUTRA MARCA
Em São Bernardo, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a Caoa irá produzir carros da marca Changan, que está entre as cinco maiores montadoras chinesas. Em 2017, no seu país de origem, vendeu 2,8 milhões de veículos. No Grande ABC deverão ser fabricados SUVs, que terão preço mais baixo que os modelos da Chery. A Changan já atuou no Brasil. A empresa chegou ao País em 2006, por meio de um importador, e ficou até 2016. Durante o período, vendeu veículos comerciais da Chana Motors.

Tiggo 5X é o líder de vendas da Chery
A Caoa Chery comercializa cinco modelos de carros no Brasil. Os SUVs Tiggo2, Tiggo 5X e Tiggo 7, um sedã (Arrizo 5) e o compacto QQ. Dentre este modelos, o líder de vendas é o 5X, que nos oito primeiros meses deste ano acumula 4.134 unidades comercializadas. É praticamente um décimo do que vende o Jeep Renegade (44.030), o primeiro no ranking da categoria utilitários esportivos.

O Tiggo 5X foi apresentado ao público no Salão do Automóvel de 2018 e chegou às revendas da marca em março. Desde maio, tem mantido média de vendas acima das 650 unidades.

Produzido na fábrica de Anápolis, em Goiás, o Tiggo 5X foi o segundo SUV lançado pela Chery no País. Desenvolvido sob a plataforma modular T1X. O carro possui duas versões: T e TXS, ambas equipadas com motor de 1,5 litro, turbo flex, com potência máxima de 150 cv (etanol) e 147 cv (gasolina). A transmissão automática é de dupla embreagem (DCT) com seis velocidades, que tem mudanças rápidas, quase imperceptíveis e muito eficientes.<EM>

Da fábrica goiana saem ainda o Tiggo 7, o topo de linha da Chery, e os SUVs médios ix35 e New Tucson, sob bandeira da coreana Hyundai.

Em Jacareí, onde possui outra fábrica, são produzidos os modelos Arrizo 5 e o Tiggo 2.

A JAC Motors foi fundada em 1964, na China, inicialmente fabricando caminhões. No Brasil a marca chegou em 2010, com versões sedã e hatch do J3. Hoje, investe basicamente nos SUVs. O modelo mais vendido é o T40, que nos primeiros oito meses do ano vendeu 754 unidades no País. 




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