Política Titulo Investigação
Petistas prestam solidariedade a Coronel Nishikawa
Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
05/09/2019 | 06:04
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Denis Maciel/DGABC


Antagonistas no campo ideológico na Assembleia Legislativa, os deputados petistas com domicílio eleitoral em São Bernardo Luiz Fernando Teixeira e Teonílio Barba prestaram solidariedade e disseram acreditar na inocência do parlamentar Coronel Nishikawa (PSL) acerca da investigação que atinge o gabinete do militar da reserva sobre suposta prática de pedágio (exigência de parte do salário dos funcionários).

Tanto Luiz Fernando quanto Barba defendem que Nishikawa está sendo alvo de perseguição e que a denúncia, feita de maneira anônima, não sustenta fatos que indiquem que Nishikawa estaria participando do esquema. Além disso, os parlamentares alegam que é preciso aguardar o fim das investigações para proferir “juízo de valor” sobre o caso.
“Fui solidário ao Nishikawa no plenário da Assembleia. Já passei por esse tipo de acusação, mas pude provar minha inocência. Até o fim das investigações, ao meu ver, o deputado é inocente”, afirmou Barba. Em 2018, o petista foi acusado de ter contratado serviços gráficos de empresas cujos endereços não correspondiam com uma firma do ramo – ele teria despendido R$ 195 mil com a gráfica. O apontamento foi feito pela Rede Globo. A informação não foi adiante.

No mesmo tom, Luiz Fernando disse que não leva a denúncia, que foi feita junto ao Ministério Público de São Paulo, a sério. O petista acredita que possa ser “algum tipo de intriga política”. “Não é porque estamos em lados opostos na ideologia política que irei atacar o Coronel Nishikawa. Não serei mesquinho. Devemos aguardar as investigações”, ponderou. O petista ainda declarou que conhece pouco o militar, mas que já percebeu que “ele não é má pessoa”.
Há 30 dias, o Diário revelou que Coronel Nishikawa, juntamente com dois assessores de seu gabinete, são alvos de investigação autorizada pelo desembargador Francisco Mota Ferraz Arruda, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que averigua suspeita de prática de pedágio. A apuração, além de Nishikawa, envolve Walter Resende Filho, chefe de gabinete do parlamentar, e David Monteiro de Mello, assessor especial do político. Como Nishikawa detém foto privilegiado, o processo correrá na segunda instância.

Nishikawa tem refutado com veemência as acusações contra ele. O parlamentar de primeiro mandato falou até que processará o autor da denúncia no Ministério Público. “Fui eleito com a bandeira da ética, contra a corrupção e a favor da segurança pública. Não tenho medo da verdade. Coloquei minhas contas à disposição da justiça, assim como meus assessores, que também ficaram indignados. Não tememos a quebra de sigilo e anseio por isso. Ficará provado que a denúncia não passa de uma perseguição política com o único intuito de impedir que eu concorra à Prefeitura de São Bernardo, cargo este que não almejo mesmo estando bem cotado para tal”, discorreu o deputado, à época. 




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