Política Titulo São Bernardo
Câmara abre CPI do Estádio 1º de Maio
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
08/08/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Câmara de São Bernardo aprovou abertura de CPI para apurar os termos da permissão de uso do Estádio 1º de Maio ao São Bernardo FC e ao EC São Bernardo. A proposta foi feita pelo líder do governo na casa, Pery Cartola (PSDB), e contou com apoio de 17 parlamentares – nove foram contrários à comissão. A investigação foi instaurada após o Diário mostrar que a Prefeitura irá cobrar R$ 1 milhão dos clubes por débitos de água e luz.

Um dos objetivos da CPI, segundo Pery, é tentar desmistificar o que acontece no São Bernardo FC desde sua fundação e entender como foi construída a parceria com a Prefeitura para a utilização do campo. “Vimos troca de farpas entre ex-dirigentes do clube por meio das redes sociais. Queremos saber o motivo desta discussão. Eu entendo que quem queira utilizar o estádio tem que pagar. O São Bernardo (FC) não pagava pelo uso nem o custo do estádio. Temos que resolver isso de alguma forma”, disse o vereador.

Na semana passada, os ex-aliados políticos e dirigentes recentes do São Bernardo FC, o deputado estadual e ex-presidente do time Luiz Fernando Teixeira (PT) e o atual mandatário do clube, o ex-vereador Edinho Montemor (PSDB), trocaram acusações nas redes sociais sobre o uso da equipe para fins políticos.

Pery afirmou que usará dos dispositivos legais da CPI e, se precisar, irá convocar dirigentes e ex-dirigentes para comparecer à Câmara. “Espero que não precisemos chegar a esse limite, mas se precisar convocar, farei”, alegou.

O Legislativo também aprovou a abertura de outra CPI, desta vez com finalidade de investigar possíveis descumprimentos contratuais da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energias S/A) sobre as ocupações irregulares em área de manancial da Represa Billings. A matéria foi aprovada por 22 votos e a um e foi elaborada pelo parlamentar Jorge Araújo (PHS).

Morador da região, Araújo alegou que não há fiscalização por parte da Emae e que isso estaria facilitando a ocupação irregular em área de preservação. “Queremos que a Emae responda a alguns questionamentos. Por que falta fiscalização? Por que não há investimentos para o turismo? Queremos respostas”, pontuou.

Antes da aprovação das CPIs, a casa avalizou mudança no regimento interno que limita a dois o número de comissões investigativas atuando concomitantemente. Com isso, a CPI da Saúde, protocolada pelo vereador Julinho Fuzari (Cidadania), terá de esperar o desfecho dos outros blocos. 




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