Esportes Titulo Confidencial
Ramalhão tem três nomes para treinador
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
16/07/2019 | 07:00
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Maurício Silva


A diretoria do Santo André já sabe com qual perfil de treinador planeja trabalhar no Paulistão de 2020. A lista tem três nomes e o escolhido deve ser anunciado no início de agosto. O preferido é Fernando Marchiori, que dirigiu o time no primeiro semestre, quando conquistou o acesso para a elite e o título da Série A-2. Logo depois, o técnico acertou com o Água Santa para a Copa Paulista. Na sequência, aparecem dois profissionais que já estiveram no Ramalhão: Itamar Schulle, que comanda o Cuiabá na Série B do Brasileiro, e Marcelo Veiga, desempregado desde que saiu o Bragantino, após o Paulistão.

Até por gratidão, o Santo André está disposto a esperar por Marchiori, mas deu prazo até agosto para o treinador definir se fica no Água Santa ou se volta ao clube para o Paulistão. Minha impressão é que o técnico tenta ganhar tempo enquanto a Federação Paulista decide quem vai herdar a vaga na elite aberta com a fusão entre Red Bull e Bragantino. Caso o Água Santa assuma o lugar na Primeira Divisão, ele segue por lá; caso contrário, reassume a equipe andreense.

O problema é que dificilmente o Santo André vai alongar o prazo para a resposta, que inicialmente era julho. Isso porque pode perder Itamar Schulle e Marcelo Veiga, que já foram contatados, e são nomes com boa aceitação no mercado.

A situação poderia estar definida se Paulo Roberto, que dirigiu o Ramalhão na Série D do Brasileiro de 2013, tivesse aceitado o convite para retornar. Ele era o primeiro nome da lista, tinha acertado tudo com a diretoria, mas, surpreendentemente, em maio, fechou com a Inter de Limeira. Ele nem chegou a assumir o Leão e dias depois o acordo foi desfeito, repetindo o que aconteceu entre o treinador e a Portuguesa. Vai entender.

A escolha do técnico será fundamental para o sucesso do Santo André no retorno à elite. Como não tem calendário no segundo semestre, o Ramalhão terá dificuldade para montar o elenco, por isso ter um técnico que ajude no convencimento é ótima saída. Marchiori foi fundamental na Série A-2, trouxe quase todos os jogadores campeões, mas o nível da elite é bem superior, o que poderia causar saia justa entre manter a parceria com os atletas que o ajudaram a conquistar o acesso ou dar preferência a outros bons nomes que estão no mercado. Meu receio é que isso possa causar um racha no grupo.

EM BUSCA DE IDENTIFICAÇÃO
A volta de Saul Klein ao ambiente do São Caetano (leia mais ao lado) deve trazer conforto financeiro ao clube. Filho do falecido Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, ele passou sua parte da herança ao irmão Michael Klein, mas a força que tem nos bastidores – e com grandes empresas – sempre trouxe bons parceiros ao Azulão. Ele foi um dos responsáveis pela melhor fase da história do clube, quando chegou à final da Copa Libertadores, em 2002, e foi campeão paulista, em 2004.

Na verdade, dinheiro nunca foi problema no São Caetano. A dificuldade é conseguir aliar receita e identificação. Nos últimos anos, a diretoria tem leiloado suas promessas das categorias de base. Os jogadores nem chegam ao profissional e migram para grandes clubes, como Nonato, que brilha no Inter, e Matheus Henrique, no Grêmio. O Tricolor gaúcho, aliás, acabou de levar duas joias: Hernandes, 19 anos, e Gabriel Silva, 16.

Reflexo disso são arquibancadas cada vez mais vazias no Anacleto Campanella. Por mais que as vendas geram recursos para montar grandes times, vimos no Paulista deste ano que isso não é tudo. Sem identificação, os jogadores chegam aqui em busca de dinheiro, jogam, recebem e logo vão embora. Não existe sintonia com a torcida ou com a cidade. É preciso ter meio termo entre conseguir um grande negócio e manter o jogador um pouco mais no clube.

FESTA DO FUTEBOL
Foi bonito de ver as finais das ligas de futebol amador de Santo André e São Bernardo no fim de semana. No Bruno Daniel, público superior a 5.000 pessoas prestigiou a conquista do Ourinhos, que venceu o Guaraciacaba, nos pênaltis, por 6 a 5 (veja a foto dos campeões ao lado). Já o 1º de Maio encheu como há muito tempo não se via para coroar o título do Unidos do Morro, que superou o Blumenau, também nos pênaltis: 4 a 3.

Mesmo com milhares de torcedores nas arquibancadas, nenhuma ocorrência de briga foi registrada. Bem diferente do que aconteceu sábado, no Anacleto Campanella, antes do clássico entre São Caetano e Santo André, pela Copa Paulista. Mesmo com público de apenas 511 pessoas, houve enfrentamento na parte de fora do estádio e dez torcedores foram levados para prestar depoimento na delegacia – mas ninguém chegou a ser preso. Mais uma página triste escrita no futebol regional.

PALPITÃO DO FATTORI
Na última semana acertei cinco dos sete chutes, sendo três na mosca. Minha aposta agora será nos visitantes. Copa do Brasil: Internacional 0 x 1 Palmeiras. Brasileirão: Ceará 1 x 0 Palmeiras, Botafogo 1 x 2 Santos, Corinthians 1 x 2 Flamengo e São Paulo 2 x 0 Chapecoense. Copa Paulista: EC São Bernardo 0 x 2 São Caetano e Santo André 0 x 1 Água Santa. 




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