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Um Chrysler para a família
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
24/08/2011 | 07:00
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Divulgação


Há 27 anos, nascia um típico carro americano. Grandalhão com motor potente e espaço de sobra para carregar a família. No Brasil, o modelo surgiu em 1995, sob o nome de Chrysler Caravan. No ano seguinte, aterrissa por aqui a Grand Caravan, cujo apelo era a terceira fileira de bancos - sete assentos.

Esse tipo de veículo ainda é visto como carro de nicho. Por aqui, o último pico de vendas registrado ocorreu em 2008, com 2.992 unidades, se contarmos os concorrentes Mitsubishi Grandis, Kia Carnival e Citroën C4 Grand Picasso.

 

DE VOLTA

Desde o último mês de março sem dar as caras nas revendas brasileiras, a Town & Country - substituta da Grand Caravan por aqui - volta ao mercado como versão 2012. A meta é vender 800 unidades ao longo do próximo ano. Um número ousado, pois a média é de 200 emplacamentos ao ano. Em 2010, foram 166.

Produzido na fábrica de Ontário, no Canadá, o modelo quer abocanhar os consumidores tendo como principal apelo o espaço interno e generosidade da lista de equipamentos.

Por R$ 173,9 mil, a Town & Country é vendida em única versão de motorização e acabamento - a Limited - que não tem opcionais.

A minivan teve seu interior totalmente retrabalhado. Na lista, volante aquecido multifuncional com controle do áudio e controlador de velocidade - tudo mostrado na tela touch screen de quatro polegadas que fica no centro do painel.

Quem está na segunda e terceira fileiras de bancos pode assistir DVDs em telas de LCD com dez polegadas, ou mesmo conectar videogames. Todas as fileiras também têm saídas de ar-condicionado.

O sistema Stow ‘n Go permite rebater os bancos da segunda fileira ao nível do assoalho através de um único toque.

No mais, o modelo tem sensor de chuva e estacionamento, câmera traseira - chamado aqui de ParkView -, dez air bags, freios ABS com ESP (controle eletrônico de estabilidade), assistência de frenagem e controle de tração. Além disso, fazem parte da lista trio elétrico, volante com regulagem de altura e profundidade, CD player com MP3, DVD e entradas USB, regulagem dos pedais, assentos de couro com aquecimento (primeira e segunda fileiras), portas deslizantes automáticas, acionamento elétrico da porta traseira, entre outros itens.

design exterior segue o DNA da marca. São novos o capô, os faróis (inclusive os de neblina) e a grade dianteira. Atrás, a tampa do porta-malas - este, com capacidade para até 900 litros com os bancos em posição normal - o aerofólio, o para-choque, o friso cromado e as lanternas de LED foram redesenhados.

Outra novidade é o rack de teto Stow ‘n Place, que permite armazenar os trilhos quando não estão sendo utilizados.

 

Rodar suave

Nossa avaliação foi de São Paulo até Alphaville, em Barueri, próximo à Capital. O percurso até que não foi tão longo, mas já deu para sentir que o veículo - produzido na fábrica de Ontário, no Canadá - agrada ao volante. Rodar suave e bom isolamento acústico são características marcantes.

Além da suspensão aprimorada, um outro mérito para garantir uma condução suave e silêncio a bordo é o motor Pentastar V6 de 3,6 litros e 283 cv a 6.400 rpm, todo feito em alumínio. A versão anterior usava o bloco 3.8 de quase 200 cv, feito em ferro e apenas o cabeçote em alumínio.

Durante a avaliação, percebemos que apesar dos 2.744 quilos do veículo, o motor tem respostas rápidas, tanto em baixas quanto em altas rotações. Mas, claro, nas subidas o veículo exige mais do motor, que acaba levando o giro lá para cima e comprometendo um pouco o desempenho.

Segundo os dados da montadora, o Town & Country tem torque máximo de 36 mkgf a 4.400 rotações. Números como aceleração de 0 a 100 km/h e velocidade máxima não são informados.

Nessa hora que percebemos o trabalho da caixa de câmbio automática de seis velocidades com opção de trocas sequenciais. As relações próximas e as trocas mais rápidas (devido à sexta relação) acabam economizando combustível. Números que a marca não divulga. De acordo com os executivos da Chrysler, o tanque do Town & Country conta com 70 litros de capacidade.

Outro ponto que merece destaque é a direção hidráulica que facilita (bastante) conduzir o veículo de 5,15 metros de comprimento.

Mesmo em trechos de terra e pedras, a minivan não perde o conforto. Isso se deve, em grande parte, aos novos pneus, com resistência de rodagem mais baixa.

 boa manobrabilidade nos surpreendeu, pois, à primeira vista, o modelo não causa boa impressão. Seu porte avantajado acaba caindo num estereótipo e causando certa rejeição. Comentários do tipo: "Eu não compraria um carro deste tamanho para andar no dia a dia da cidade", foi o que mais ouvimos ao comentar sobre o teste. Em resposta, vale dizer que, apesar do tamanho, este gigante pode ser, sim, uma única opção na garagem do consumidor.

Mas, se minivan é um tipo de veículo que não te agrada, a Chrysler promete outros lançamentos para os próximos meses no Brasil. "Por questões de homologação, o novo Journey e o sedã 300 chegarão aqui entre novembro e dezembro. Isso, sem contar uma versão de entrada do Town & Country, que deverá ter menos equipamentos para que haja a possibildade de um preço mais em conta", disse Luiz Tambor, gerente de vendas e marketing.




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